O caminho de volta

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por Suzana Gonçalves

Há quase dois anos fomos literalmente surpreendidos pela pandemia, dúvidas no ar…

Como nossos corpos com esclerose múltipla irão se  comportar diante do desconhecido?

Dúvidas esclarecidas rapidamente, enquanto a ciência trabalhava incansavelmente em busca das vacinas e quando tudo já estava a caminho, mais dúvidas: Qual a vacina mais adequada para os pacientes? 

Um filme me vem à memória, durante o isolamento, tivemos a grande oportunidade de aprender, mesmo a força, mesmo debaixo do medo e da ansiedade nos corroendo, mas aprendemos, bebemos da fonte abundante das inúmeras informações das ongs, associações, médicos, cientistas e a gratidão foi chegando ao nível mais alto dentro de cada um que encontrou através de lives, congressos on line, artigos disponibilizados sobre qualquer assunto ligado a Covid 19 com responsabilidade, propriedade e poder de informação com muito conteúdo para nos acalmar, nos trazer esperança, ensinar como se comportar diante até do inevitável, caso alguém se contaminasse.

Era preciso passar por todas as etapas, longas e demoradas mudanças de hábito, de comportamento e de espírito coletivo. Cada dia uma conquista, diante dos percalços na contramão da ciência, dos negacionistas, dos egoístas, resistimos. Vencemos, estamos vacinados uns com duas doses outros já com a terceira de reforço.

Estamos voltando à normalidade? A passos largos, com paciência e muita resiliência.

É preciso voltar ao ponto de partida, mas não de qualquer jeito, a vontade de aglomerar é grande, saúde não combina com irresponsabilidade, a saudade dos  abraços é muito intensa, das conversas tomando um café, um chá, um vinho quem sabe.

Eu já saí do casulo, com medo, com coragem, oscilando a cada momento, mas me dei o direito de arriscar em uma viagem aérea e outra de ônibus.

Fui alí trabalhar e encontrar umas esclero amigas, foi tão bom!

Fui alí colher os frutos de uma boa semeadura, cheia de cuidados, como seguir à risca todos os ensinamentos sobre proteger-se e proteger o outro.

Gratidão a todos os profissionais de saúde que nos acolheram virtualmente,todas as ongs que fizeram um trabalho lindo durante dois agostos seguidos principalmente, me senti em casa, amada e cuidada a cada ação em favor dos pacientes. Quão valiosa foi cada palavra de conforto, quantas noites fui dormir tranquila por uma dúvida sanada.

Volto aqui e digo:obrigada!

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