Existem diferentes tratamentos com o uso de medicamentos para a Esclerose Múltipla (EM). Abaixo estão listados os medicamentos que são usados para tratar a EM no Brasil. Para ler sobre terapias e reabilitação clique no link acima (abaixo da foto). Lá você poderá encontrar mais informações sobre fisioterapia, apoio psicológico, outras terapias e sobre a prática de atividade física.

Sobre os tratamentos com medicamentos no Brasil:

1 - Sobre os tratamentos com medicamentos no Brasil:

  •  Pulsoterapia com metilprednisolona (altas doses de corticoide, normalmente injetáveis, administradas nos momentos de exacerbação dos sintomas);
  •  Imunoglobulina venosa ou plasmaférese: tratamentos menos disponíveis e utilizados quando há surtos muito graves.
  •  Ciclofosfamida venosa: em alguns casos em que há má resposta aos corticoides (surtos que não melhoram, esta opção de tratamento pode ser instituída, quando não há facilidade de acesso a Imunoglobulina ou plasmaférese

2. Tratamentos que evitam a piora da doença (novas crises/ataques e piora progressiva):

  •  Imunomoduladores injetáveis: medicamentos de uso subcutâneo que objetivam equilibrar o sistema imunológico para evitar novas crises bem como a piora progressiva – oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde privada (rol da ANS – Agência Nacional de Saúde) para as pessoas recém-diagnosticados e sem critérios de doença que pode se tornar mais grave (alta atividade/mau prognóstico).

    São eles:
    Betainterferona 1a(Rebif) de 22 e 44mcg, de uso subcutâneo três vezes por semana, betainterferona 1a 30mcg (Avonex) de uso intramuscular semanal, Betainterferona 1b 9.600.000 UI (BETAFERON) e Acetato de Glatiramer 40mg (Copaxone) de uso subcutâneo três vezes por semana.

  • Imunomoduladores orais: alteram o funcionamento do sistema imune, deixando-o menos ativo e reduzindo o risco de piora da doença. Disponíveis no SUS em primeira e segunda linha de tratamento.
    São eles: Teriflunomida (Aubagio), Dimetilfumarato(Tecfidera), Fingolimode (Gilenya), Siponimode (Kiendra).
 
  •  Anticorpos monoclonais de uso contínuo: tratamentos que podem ser via injetável, subcutânea ou venosa, aprovados mais recentemente no Brasil para EM.

    O Natalizumabe (Tysabri) é disponível no SUS e também na saúde privada (ANS) em primeira linha para tratamento de pessoas com alta atividade da doença (critérios clínicos e de imagem que aumentam a chance de uma piora da doença no futuro – prognóstico) e na falha ao Fingolimode. 

    Na saúde privada, o Ocrelizumabe (Ocrevus) é disponibilizado em situações em que o Natalizumabe não possa mais ser utilizado, por falha terapêutica ou questões relacionadas à segurança da pessoa que está em uso da medicação. O Ocrelizumabe não está disponível no SUS e nem na saúde privada, obrigatoriamente, na forma primariamente progressiva da doença.

    O Ofatumumabe (Kesimpta), medicamento aprovado recentemente no Brasil, de uso subcutâneo mensal, está disponível na saúde privada na falha ou impossibilidade de manutenção de Natalizumabe. 

  • Tratamentos não contínuos de reconstituição imune: tratamentos que não necessitam serem utilizados de maneira contínua.
    O Alentuzumabe (Lemtrada) e a Cladribina (Mavenclad) em comprimidos, que são administrados por curtos períodos de tempo e podem deixar a pessoa livre de tratamento ativo por anos. É um anticorpo monoclonal e, apesar de constar na lista dos medicamentos que devem ser distribuídos pelo SUS, ainda não está disponível aos usuários. No sistema privado está disponível na falha ao Natalizumabe ou Ocrelizumabe, e no SUS, está disponível na falha do Natalizumabe. Já a Cladribina ainda não consta na lista de medicamentos obrigatórios disponíveis no SUS, nem na saúde privada. 

O que é um PCDT?

6 coisas que você precisa saber sobre Consulta Pública

Seção de medicamentos atualizados em 2 de setembro de 2022, com revisão da neurologista Raquel Vassão, especialista em Doenças Neuroimunológicas e Líder de Inovação Científica e Parcerias na AME/CDD.