Setembro Amarelo – vamos falar de suicídio?

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O Setembro Amarelo, para quem não sabe, tem como proposta gerar visibilidade e conscientização a respeito do suicídio e é essencial falar sobre isso. O relatório de 2014 da OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e apenas 28 países do mundo possuem planos estratégicos de prevenção.

Segundo os dados do relatório, o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre pessoas de 15 a 29 anos, embora o documento mostre que as taxas de suicídio são maiores entre os que tem mais de 70 anos.

O Brasil é o oitavo país do mundo em número de suicídios e nos últimos anos temos visto um aumento da morte de jovens por conta disto – em 2013, 1% de todas as mortes de crianças e adolescentes do país foram por suicídio ou 788 casos no total. O número pode parecer baixo, mas representa um aumento expressivo frente ao índice de 0,2% de 1980. Entre jovens de 16 e 17 anos, a taxa é ainda maior, de 3% em relação ao número total.

As causas são variadas – violência, sexualidade, abusos, entre outras e o problema é muito maior em comunidades indígenas, que tem problemas próprios ligados aos conflitos em torno da demarcação de terras e drásticas mudanças sociais sobre seus povos.

As estratégias de prevenção são as que geraram iniciativas como o Setembro Amarelo – redução do estigma e conscientização do público, além de fomentar a capacitação de profissionais da saúde, educadores e forças de segurança.

Como você pode ajudar? Vemos muita gente neste mês falando que está disposta a ajudar, conversar, tentar de alguma maneira dialogar com as pessoas que estejam pensando em suicídio. Mas não é assim tão fácil e é importante entendermos a necessidade de ajuda profissional.

Se você está pensando em suicídio ou conhece alguém que esteja, a melhor coisa a fazer é entrar em contato com o CVV – Centro de Valorização da Vida. Eles realizam apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntáriamente e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar sob total sigilo por telefone (é só ligar 141), e-mail, chat e Skype. O atendimento é feito durante 24 horas e todos os dias da semana. 

Aqui você vê todas as informações da instituição e pode pesquisar o Centro mais próximo de você: http://www.cvv.org.br/


APA (Associação Americana de Psicologia) também listou alguns sinais que podem indicar comportamento suicida:

FALAS SOBRE MORTE: Qualquer menção sobre morrer, desaparecer, pular de um edifício ou causar danos a si mesmo podem ser sinais de pensamentos suicidas.

PERDAS RECENTES: Essas podem ocorrer através de eventos como mortes, fins de relacionamentos ou perda de emprego. Também pode ocorrer com a diminuição do interesse por amigos, hobbies ou outras atividades que antes faziam sentido para o jovem.

MUDANÇAS DE PERSONALIDADE: Podem se manifestar com traços de tristeza, apatia, irritabilidade e ansiedade.

MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO: Dificuldade de se concentrar na escola ou em outras atividades rotineiras.

SONO: Dificuldades para dormir, pesadelos ou sono em excesso podem ser sinais.

ALIMENTAÇÃO: Mudanças no padrão de alimentação podem se manifestar por perda de apetite, ou fome em excesso.

BAIXA AUTO ESTIMA: Sentimento de falta de amor-próprio, culpa, vergonha. Essa visão pode ser resumida pela frase ‘todo mundo estaria melhor sem mim’.

DESESPERANÇA: A falta de expectativa de que as coisas podem melhorar.


Finalmente, a OMS elaborou diversos manuais para profissionais de diversas áreas sobre como tratar do tema, com linguagem bem acessível. Listamos aqui abaixo para vocês conferirem (é só clicar, todos estão em português):

Guia para Médicos Clínicos Gerais

Guia para Profissionais de Mídia

Guia para Professores e Educadores

Guia para Profissionais da Saúde em Geral

Guia para Conselheiros

Fonte: Não aguento quando

Não aguento quando

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