Apesar dos benefícios dos exercícios para a saúde geral serem bem conhecidos, foi apenas até recentemente que alguma literatura sugeriu que a intervenção com fatores de estilo de vida poderia ter um efeito modificador na Esclerose Múltipla (EM). Embora precoces, novos dados indicam que o exercício pode retardar ainda mais a progressão da Esclerose Múltipla quando associado à terapia de alta eficácia.
“Por muitos anos, esperamos até que os pacientes com Esclerose Múltipla começassem a apresentar disfunções físicas e mentais antes de começarmos a tratá-los. Nossa agenda aqui é que precisamos prevenir desde o início.”
No Congresso do Comitê Europeu para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla (ECTRIMS) de 2022, uma sessão de tópicos importantes cobriu esta faceta do tratamento clínico da Esclerose Múltipla. O Dr. Ulrik Dalgas, professor de saúde pública e ciências do esporte na Universidade de Aarhus, está entre os muitos membros da equipe de tratamento da EM que enfatiza a importância de adotar essas táticas com os pacientes. Em conversa com o NeurologyLive, ele falou sobre a necessidade de intervir precocemente para estabelecer hábitos saudáveis com exercícios.
Dalgas observou que, por algum tempo, a área se recusou a agir precocemente na incorporação de exercícios ao paradigma de atendimento clínico para a EM. Isso porque, muitas vezes, as conversas com as pessoas com EM sobre esses comportamentos não começavam até que os problemas já tivessem surgido. Ele explicou que, ao falar com as pessoas sobre essas modificações anteriormente, os médicos podem prepará-las para o sucesso a longo prazo.
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Tradução e adaptação: Redação AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose
Fonte: Neurology Live, direto do #ECTRIMS2022, em 27 de outubro de 2022