Um relato de um esclerosado com COVID 19

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De antemão, quero me apresentar, visto que sou a nova integrante no blog AME: Me chamo Eloisa, tenho 22 anos, moro em São Bernardo do Campo, região do grande ABC. Sou formada em Biomedicina, sendo a EM a principal ‘inspiração’ para tal formação. Fui diagnosticada com esclerose múltipla aos meus 16 anos, com neurite óptica. Faço meu acompanhamento no Hospital das Clínicas de São Paulo desde então e utilizo continuamente Compaxone 40Mg.

Agora podemos dar andamento a meu primeiro post com um assunto um tanto quanto assustador para todos nós e a nossos parentes e amigos: contrair o vírus causador da atual pandemia.

No dia 30 de Dezembro, comecei com uma tosse que até então achava que não passava da minha rinite atacada, já que desde segunda-feira a mesma estava me incomodando constantemente com espirros contínuos. Porém na virada de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, comecei a apresentar cada vez mais sintomas semelhantes ao novo Coronavírus. Congestão nasal, e uma leve dificuldade para respirar, sem contar as fadigas que se tornaram constantes, o que normalmente acontece esporadicamente. O dia seguinte foi quando mais senti os sintomas: dor no corpo e já não tinha mais meu paladar e olfato. Os últimos sintomas seguintes foram uma leve dor de cabeça e dor no corpo.

Quando uma amiga que já havia contraído a COVID 19, ela descrevia como uma doença que os sintomas iam e viam, e realmente, meus sintomas – com exceção do paladar e olfato-, intercalavam-se, uma hora estavam bem e em outra algum sintomas voltava a se manifestar, mas apesar de tudo, os sintomas foram sempre de forma leve. Hoje já completa meu 14º dia de isolamento, sendo o ultimo, consigo concluir que meus sintomas não foram graves, apenas o paladar e o olfato não voltaram ainda 100%, sendo o sabor doce e salgado que mais consigo distinguir, porém nada preocupante.

Durante a pandemia sempre fiquei à par das notícias que relacionavam a Covid 19 e esclerose múltipla. Até então o que sei é a relação do tratamento para a EM e como sua ação no nosso organismo pode influenciar a resposta à doença, sendo o Compaxone um dos medicamentos que aparentemente é seguro à forma de desenvolvê-la. De fato, hoje posso dar meu depoimento que apesar do susto e o medo de algum dia poder manifestar algum sintoma mais grave, não chegou a acontecer. Sigo aguardado, – assim como o mundo todo -, a vacina para que todos possam voltar suas vidas ao normal.

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