Possíveis e necessárias mudanças

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por Suzana Gonçalves

A cada passo na esclerose múltipla, estamos suscetíveis a surtos e sustos também, um novo processo pela frente e mais uma dose de paciência para enfrentar com maestria uma mudança de medicação.

Já estou no terceiro passo e este particularmente bem difícil por dois aspectos, idade (62) anos e outras intercorrências com a medicação passada, a minha neurologista suspendeu pelo fato do meu organismo desenvolver uma linfopenia.

Mas quem sou eu para questionar meu corpo e a ciência?

Precisava estar tudo OK para poder tomar a primeira dose da vacina do covid, foram tantos hemogramas até poder desfrutar da proteção a qual a humanidade toda deseja. Aconteceu e dentro desse contexto foi pensada a possibilidade de trocar a medicação.

Estava tudo muito bom com relação a EM, sem surtos por dois anos, melhora total na marcha, na fala, na fadiga, um céu de brigadeiro, um casamento perfeito, mas fui “traída’ mais uma vez pelo tratamento. Baixar linfócitos de maneira persistente requer a retirada dela, é bula, é prudência médica.

Lembrando sempre, eu Suzana tenho EM, mas eu sou única, o que não deu certo para mim, deve ser muito bom para tantos outros.

E chegou a hora de iniciar uma longa caminhada por muitos especialistas, neurologista, hematologista,  cardiologista, ginecologista … não achei ruim e nem reclamei, sempre no caminho certo, checar o corpo minuciosamente.

Só tenho gratidão por existir tantas opções de tratamento isso é dádiva.

Entre tantos exames feitos o mais impactante foi fazer um mielograma,necessário, mas até sair o resultado, tive que conter a ansiedade.

E no meio da jornada  me peguei com meu sagrado.

O seu médico sabe o que faz, o que por bem ele sugerir fazer, aceite, siga o curso normal  da patologia, hoje existem muitos medicamentos novos que dependem da terapia conjunta NEUROIMUNOLOGIA.

Ainda não terminou a jornada, estou só começando, no caminho, horas com lindas paisagens, horas avistando o deserto escasso, mas com positividade, acredito muito na impermanência e aceito mudanças.Acredito muito na ciência, enquanto estou aqui relatando um pouco da minha esclerovida, muitos cientistas estão estudando e buscando coisas novas para melhorar nossa qualidade de vida e quem sabe um dia até a cura.

Enfrentar uma doença rara, crônica e sem cura é desafiador, mas também nos transforma em pessoas mais resilientes, solidárias e esperançosas.

Nunca desistam no meio do caminho, mesmo que tenham que voltar ao ponto de partida por inúmeras vezes.

Você não precisa estar bem ou mal o tempo inteiro.

Apenas seja a luz que ilumina o fim do túnel.

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