Para muitas mulheres com Esclerose Múltipla (EM), engravidar pode não estar nos planos de vida do momento. Aliado a isso, as opções de contraceptivos são inúmeras. Conheça alternativas de métodos anticoncepcionais disponíveis no mercado.
Os sintomas da doença começam durante a idade fértil, mas, felizmente, ter EM não afeta sua capacidade de engravidar ou ter um parto bem-sucedido e descomplicado. Claro, nem toda mulher está interessada em ter – ou está pronta para ter – um bebê. Como resultado, encontrar o anticoncepcional certo é importante. Se você tem Esclerose Múltipla, aqui está o que você precisa saber sobre como tomar decisões de controle de natalidade.
Considere o uso de contraceptivos orais na Esclerose Múltipla
Os contraceptivos orais, também conhecidos como pílulas anticoncepcionais, são uma das opções de controle de natalidade mais seguras e eficazes disponíveis. Além disso, alguns especialistas acreditam que o uso de contraceptivos orais pode ter um efeito positivo na EM, potencialmente retardando os sintomas a curto prazo.
No entanto, as pílulas anticoncepcionais podem não ser a escolha certa para você, porque podem interagir com outros medicamentos. Por exemplo, as pílulas podem diminuir a eficácia de medicamentos comumente prescritos para esclerose múltipla, como benzodiazepínicos, incluindo lorazepam, oxazepam e temazepam. Por outro lado, alguns medicamentos, como antibióticos e certos medicamentos anticonvulsivos, incluindo carbamazepina e fenitoína, podem diminuir a eficácia das pílulas anticoncepcionais.
Procure outras opções de contraceptivos na Esclerose Múltipla
Suas escolhas não terminam com a contracepção oral. Em geral, você tem as mesmas opções de controle de natalidade que as mulheres sem EM.
- Dispositivos intrauterinos (DIUs), pequenos dispositivos que seu médico implanta em seu útero, geralmente são seguros e eficazes. Alguns DIUs liberam hormônios, enquanto outros liberam uma pequena quantidade de cobre, o que impede que o esperma fertilize o óvulo. Existem algumas evidências de que drogas imunossupressoras podem reduzir a eficácia do DIU.
- Outra opção é o implante de progesterona, que também não requer manutenção e é eficaz por até cinco anos. A progesterona também pode ser injetada. É importante saber que este método tem sido associado a um maior risco de osteoporose. Se você tem Esclerose Múltipla, pode estar em maior risco para esta condição óssea devido à sua mobilidade limitada ou ao uso de esteróides.
- Outras opções incluem o adesivo de pele, geralmente usado na parte inferior do abdômen ou nas nádegas, libera hormônios na corrente sanguínea para impedir que os ovários liberem óvulos.
- Você também pode considerar um anel vaginal fino e flexível. Ele libera os hormônios progestina e estrogênio, mas pode exigir uma boa destreza manual para inserir corretamente.
O que saber sobre hormônios
As opções hormonais de controle de natalidade não são adequadas para todos. Se você fuma e tem mais de 35 anos, converse com seu médico antes de tomar anticoncepcionais hormonais. Pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos.
Se você tem Esclerose Múltipla e problemas de mobilidade, também pode ser mais suscetível a coágulos sanguíneos nas pernas e deve ser monitorado de perto pelo seu médico se usar essas opções.
Se o controle de natalidade hormonal é uma preocupação, contraceptivos de barreira, como diafragmas, preservativos ou espermicidas, podem ser boas escolhas na Esclerose Múltipla. Lembre-se de que tremores nas mãos ou fraqueza podem causar problemas ao usar dispositivos de barreira. Seu médico pode ajudá-lo a verificar as suas opções.
Planejamento para a gravidez na Esclerose Múltipla
Se você está pensando em tentar ter filhos, converse com seu médico primeiro. Alguns medicamentos para a Esclerose Múltipla não foram minuciosamente estudados durante a gravidez e podem não ser seguros.
Prevenir a gravidez é especialmente importante ao tomar medicamentos como acetato de glatirâmer, betainterferona-1a recombinante e betainterferona-1a. Pergunte ao seu médico sobre outras opções de medicamentos e por quanto tempo você deve ficar sem alguns deles antes de engravidar.
Escrito por Gina Garippo
Revisor Médico: William C. Lloyd III, MD, FACS
Data da última revisão: 8 de julho de 2021
Tradução e adaptação: Redação AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose
Fonte: Healthgrades
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