O QUE ESPERAR DO SEU TRATAMENTO PARA ESCLEROSE MÚLTIPLA E COMO RECONHECER A “FALHA TERAPÊUTICA”?

Compartilhe este post

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no twitter

Embora ainda não haja cura para a esclerose múltipla, já existem inúmeros tratamentos capazes de modificar o curso da doença, as chamadas “terapias modificadoras da doença”. Esses tratamentos têm como objetivo aliviar os sintomas no curto-prazo e, em longo prazo, prevenir a progressão da esclerose múltipla.1

Mas como saber se seu tratamento está atingindo esses objetivos de forma eficaz? Bem, existem formas de avaliar se o tratamento está entregando o resultado esperado ou, se no seu caso, ele não apresenta ou deixou de apresentar a eficácia desejada – quando ocorre a chamada “falha terapêutica”.2

Para se ter uma ideia de quão comum é a falha terapêutica na esclerose múltipla, cerca de 30% das pessoas com esclerose múltipla em tratamento com uma terapia modificadora da doença têm resposta sub-ótima (ou seja, abaixo do esperado), já nos primeiros 1-2 anos de tratamento.3

“Uma regra geral da medicina é que um tratamento que oferece um resultado sub-ótimo precisa ser trocado.”3

Jornal Europeu de Neurologia

De acordo com um recente estudo, publicado no Jornal Europeu de Neurologia, “os diferentes mecanismos de ação que compõe o leque terapêutico hoje disponível oferecem um racional forte para a troca terapêutica, tão logo seja observada uma resposta sub-ótima.”3 Mas as perguntas são: Quando trocar? Como trocar? E por qual classe terapêutica trocar?

“Evite esperar muito para trocar [o medicamento]. Lembre-se: tudo o que for possível fazer deve ser feito para interromper a progressão e prevenir a incapacidade física e cognitiva.”3

Jornal Europeu de Neurologia

COMO SABER QUAL A HORA DE TROCAR O MEDICAMENTO?

De acordo com o mesmo artigo, do Jornal Europeu de Neurologia, o fator mais determinante para a troca de um medicamento no tratamento da esclerose múltipla é quando a doença atinge um nível de atividade considerado inaceitável. Entretanto, ainda não há um consenso sobre o que é a “resposta sub-ótima” no tratamento da EM, e nem sobre qual nível de atividade da doença deve ser considerado inaceitável…3

Por isso, os médicos que participaram do estudo propõem avaliar a predisposição do paciente em responder de forma positiva (ótima) a um tratamento ao avaliar:

  • O número de novas lesões de T2 na ressonância magnética;3
  • Número de surtos apresentados no primeiro ano de tratamento;3
  • Ou ainda as novas lesões de T2 na ressonância magnética ocorridas nos primeiros seis meses de tratamento. Isso porque, a análise de um conjunto de estudos (meta-análise) demonstrou que o efeito de terapias modificadoras da doença nas lesões de ressonância magnética atingido nos primeiros 6-9 meses com um tratamento é capaz de predizer sua eficácia em relação a surtos por um período maior, de 12-24 meses.3

Quando esses índices são altos (muitas lesões e surtos), há um risco maior de aumento da incapacidade nos próximos quatro anos e, por isso, a recomendação seria não apenas trocar o medicamento, como buscar uma nova classe terapêutica na tentativa de atingir a resposta “ótima”. Se o risco existir, mas for considerado menor, o médico pode buscar a troca para outro tratamento da mesma classe terapêutica.3

Já outro estudo, publicado na revista John Hopkins Advanced Studies in Medicine, sugere que a progressão da doença já é um indicativo de que há falha terapêutica. Sinais da progressão podem incluir desde taxa de surtos e novas evidências de atividade da doença na ressonância, como também a progressão da incapacidade (medida na Escala Expandida do Estado de Incapacidade – EDSS 

Nesse segundo estudo, 56% dos neurologistas entrevistados acreditam que dois surtos no período de 12 meses já classifica a falha terapêutica e progressão da doença; enquanto 44% acreditam que um único surto no período de um ano já é um sinal de falha do tratamento.4

MONITORAMENTO

Para avaliar a atividade da esclerose múltipla remitente recorrente e, consequentemente, a resposta ao tratamento, existem quatro métricas-chaves. São elas:

  • Surtos;5
  • Progressão da incapacidade;5
  • Lesões nas imagens deressonância magnética (IRM);6
ATENÇÃO: CONVERSE SEMPRE COMO SEU MÉDICO SOBRE QUALQUER DÚVIDA QUE VOCÊ TENHA SOBRE O SEU TRATAMENTO!ATROFIA CEREBRAL.7
REFERÊNCIAS
  1.  Wingerchuk DM, Carter JL et al. Multiple sclerosis: current and emerging disease-modifying therapies and treatment strategies. Mayo Clin Proc. 2014 Feb;89(2):225-40.
  2. National Medical Advisory Board of the National Multiple Sclerosis 
  3. Gallo P et al. Overview of the management of relapsing 
  4. Greenberg E et al. Defining success in multiple sclerosis 
  5. Lublin F.D., Baier M., Cutter G. E ect of relapses on development of residual deficit in multiple sclerosis 
  6. Sormani M.P. & Bruzzi P. MRI lesions 
  7. Miller DH, Barkhof F, Frank JA, Parker GJ, Thompson AJ. Measurement of atrophy in multiple sclerosis 

Texto original publicado no site da Novartis

Explore mais

Vamos dar as mãos
Apoie nosso projeto
Faça sua carteirinha