Neuromielite Óptica, você já ouviu falar? Conheça a doença que comumente é confundida com Esclerose Múltipla

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A Neuromielite Óptica costuma ser confundida com Esclerose Múltipla (EM), pois que ambas são doenças neurológicas autoimunes, de causa desconhecida, que afetam a bainha de mielina. Porém, possuem algumas diferenças.

Na Esclerose Múltipla, quando afetado o sistema nervoso central, os danos são na bainha de mielina, já na NMO, o sistema imunológico ataca um componente da barreira hematoencefálica (barreira física que separa o sangue do tecido nervoso), e essa agressão gera inflamação e destruição tecidual. Existe desmielinização, mas como consequência dessa inflamação.

Os surtos costumam ser mais severos e as sequelas mais precoces, mas se tratada adequadamente existe estagnação e não existe fase progressiva, nem primária ou secundária.

Acomete mais afro e asiático descendentes e menos caucasianos, por isso existem mais pessoas com NMO no Brasil e Ásia que Europa e EUA.

Sua prevalência no Brasil é estimada em 5/100.000 (bem aproximado, não existem números exatos).

O tratamento para EM não controla os surtos, que são prevenidos como corticoide oral continuo e imunossupressores.

Existe muita confusão no diagnóstico porque a NMO já foi considerada um subtipo de EM, mas hoje é tida como uma doença específica.
Os sintomas incluem lesões medulares e neurite óptica, então, muitas vezes, EM e NMO são possibilidades destes sintomas, mas não existe uma mesma pessoa com EM e NMO.
A ressonância tem lesões parecidas, mas o perfil e a localização são bem diferentes.
Se trata de uma doença rara, assim como a Esclerose Múltipla.

 

 

Fonte: Dr. Denis Bichuetti – Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Especialista em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, onde hoje é professor.

Trabalha na área de neurologia clínica com um carinho especial por pessoas com esclerose múltipla, procurando ajuda-las não só como clínico mas como pesquisador, ensinando novos médicos no cuidado de pacientes e colaborando com organizações de pacientes.

Hoje é também o Consultor Científico da AME.

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