Neste domingo, 25 de novembro, é celebrado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. A data remete à fundação da Associação Brasileira de Doadores Voluntários de Sangue e foi estabelecida no Decreto de Lei nº 53.988, de 30 de junho de 1964, assinado pelo então presidente Castello Branco.
Doar sangue é um ato de solidariedade humana que ajuda a salvar vidas. Atualmente, são doadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano no Brasil, segundo dados da Fundação Pró-Sangue (FPS).
De acordo com o Ministério da Saúde, 1,8% da população brasileira doa sangue. E aproximadamente 3,5 milhões de pessoas passam por transfusões nos 27 hemocentros coordenadores e 500 serviços de coleta registrados no País. O percentual brasileiro está dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), no mínimo 1% da população, mas o ministério quer aumentar essa taxa.
Para reforçar a importância da doação, sensibilizar novos voluntários e fidelizar os existentes, a pasta lançou neste ano a Campanha Nacional de Doação de Sangue com o slogan ‘Doe Sangue regularmente e ajude a quem precisa’.
“Uma das prioridades é manter os estoques de sangue abastecidos. Uma doação pode beneficiar até quatro pessoas”, diz o ministro Ricardo Barros. “O sangue é insubstituível e ainda não existe nenhum medicamento que possa substituí-lo. Quando há frio ou seca, a tendência é de redução dos estoques”, explica Flávio Vormittag, coordenador da área de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde.
Quem tem Esclerose Múltipla está impedido permanentemente de fazer a doação de sangue. “É uma norma do Ministério da Saúde. O motivo é que não se conhece a etiologia da doença, ou seja, qual é a sua causa”, afirma a hematologista e hemoterapeuta Sandra Camargo Montebello, médica responsável pelo setor de triagem e coleta da Fundação Pró-Sangue (FPS) no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).
Segundo a especialista, o Brasil segue os padrões usados nos Estados Unidos e na Inglaterra, países que também impedem a doação de sangue por pessoas com EM. “Como não sabemos a causa, existe a possibilidade de ser por agente infeccioso, que pode ser transmitido pelo sangue. É uma possibilidade a ser considerada porque, na verdade, não conhecemos a causa da doença”, comenta a hematologista.
Apesar do impedimento para que tem Esclerose Múltipla, seus familiares e amigos podem doar sangue. Para fazer a doação, é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos), ter no mínimo 50kg de peso, dormir pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas, estar bem alimentado, evitando produtos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação.
O doador precisa levar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial, como carteira de identidade, cartão de identidade de profissional liberal ou carteira de trabalho.
Também está impedido de doar sangue quem teve hepatite após os 11 anos de idade, apresentou evidência clínica ou laboratorial de Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II, e Doença de Chagas, além que pessoas que fazem uso de drogas ilícitas injetáveis ou tiveram Malária.
É fundamental respeitar os intervalos para doação. Homens podem doar sangue a cada 60 dias, com máximo de quatro doações no período de 12 meses. E mulheres precisam esperar 90 dias, com máximo de três doações em 12 meses.
Luiz Alexandre Souza Ventura, especial para a AME
luiz.ventura@amigosmultiplos.org.br
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Fonte: Redação AME