Consulta Pública 26/2016 – Fingolimode no tratamento da esclerose múltipla após falha terapêutica

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AME- Amigos Múltiplos pela Esclerose defende o fortalecimento contínuo e sem retrocessos do Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, mais uma vez estamos aqui para comunicar sobre os tratamentos do SUS, especialmente sobre a atual Consulta Pública (CP) nº 26/2016. Compartilhamos essa informação com os maiores interessados pela decisão: as pessoas que vivem com Esclerose Múltipla.

Qual o cenário atual?

Neste momento, a CONITEC está avaliando a possibilidade de alterar o Protocolo Clínico para EM, para posicionar o fingolimode (Gilenya®) como opção de tratamento logo após falha terapêutica com betainterferona ou glatirâmer.

Em sua avaliação preliminar, a CONITEC NÃO É FAVORÁVEL ao reposicionamento de fingolimode, ao pressuposto de que o medicamento não seria uma opção custo-efetiva para a indicação solicitada. Confira o RELATÓRIO  da CONITEC.

#JuntosSomosMaisFortes: O que devemos fazer?

A realização de uma Consulta Pública permite à sociedade contribuir para o fortalecimento do SUS. Todos podem (e devem) participar!

Você é profissional da saúde e tem uma opinião sobre o tema? É paciente e gostaria de opinar a respeito? Faz uso do medicamento e pode contribuir com a decisão do Ministério? PARTICIPE! O Prazo termina no dia 3/10/2016.

Acesse a CONSULTA PÚBLICA e FAÇA SUA PARTE para melhorar a vida de quem vive com EM!

Você pode contribuir preenchendo o formulário de experiência/opinião, voltado para pacientes e sociedade em geral, ou, se você é um profissional da área de saúde, preenchendo o formulário técnico científico. Sua participação é muito importante!

Qual o posicionamento da AME?

A AME se posiciona a FAVOR DO REPOSICIONAMENTO DO FINGOLIMODE  no Protocolo Clínico e, portanto, contra a recomendação inicial da CONITEC, por 4 motivos:

1.    O fingolimode já é usado em vários lugares do mundo, em alguns inclusive como primeira opção. A esclerose múltipla é uma doença grave e a principal causa de incapacidade em pessoas abaixo de 50 anos. Já é confirmado que, quanto mais cedo se interrompe o processo e inflamação, menor a incapacidade neurológica a longo prazo.

2.    É certo afirmar que um percentual de pacientes com EM permanecerá estável com acetato de glatiramer ou betainterferonas, mas as pessoas que não responderem a esses tratamentos precisam ter à disposição todas as terapias que possam se mostrar eficazes para o controle da doença, a critério médico. Esse é o conceito de “arsenal terapêutico”.

3.    O acúmulo de incapacidade e custos indiretos da doença, tais como: perda de emprego, aposentadoria, o uso de recursos da previdência social e custo de geração de dependentes não é computado no modelo de cálculo apresentado pela Conitec.

4. Acreditamos que é necessário que toda a gama de terapias modificadoras da doença terapias esteja disponível para as pessoas com EM, independentemente da sua história de tratamento, para acelerar a adoção da estratégia de tratamento avaliado por médico e paciente mais apropriado, otimizando eficácia e segurança, para cada indivíduo.

 

Referências:

BICHUETTI, Denis Bernardi. Ausência de atividade de doença – resumo de evidências. Unifesp. 2016.

GIOVANONI, Gavin (org). Brain health – time matters in multiple sclerosis. Oxford, 2015. Disponível em www.msbrainhealth.org

Consultoria:

Dr. Denis Bernardi Bichuetti – Professor Adjunto, Disciplina de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

Reda̤̣o AME РAmigos M̼ltiplos pela Esclerose

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