A ESCLEROSE MÚLTIPLA NO SAPATEADO

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Oiê meus amorxs múltiplos, espero que estejam bem.

Estava aqui pensando em como as vezes nos limitamos muito e deixamos de nos desafiar após saber que teremos a Esclerose Múltipla como companheira.

Costumo achar que comigo foi o contrário, a EM me deu a oportunidade de enxergar que as vontades que sempre tive durante a vida, foram passando e na rotina de “gente grande” não sobrava espaço para realizar essas atividades. As justificativas eram falta de grana, de tempo ou prioridade, até que foi necessário fazer a minha vontade por uma questão de saúde, saúde mental talvez.

Me arrisquei no canto, no teatro, na yoga. Comecei a estudar francês, piano, que a cada aula é um desafio.

Porém esses dias, vi no face de uma amiga, que tem diabetes e suas limitações que estava retornando às aulas de sapateado e me reacendeu a vontade de fazer jazz, que de todas as atividades essa era a única que não havia tentado.

Bem, numa segunda feira que era folga do Baby, ele iria fazer um evento naquela mesma semana e eu mesmo sentindo a cabeça zoada, o acompanhei na rua pra cima e pra baixo atrás do material para seu evento. Ainda paramos no Café que adoramos aqui da cidade e encontramos minha irmã e meu cunhado.

Saímos do Café e mesmo zureta, eu estava animada, pedi pra ele parar no Studio de Dança pra saber o valor da aula de jazz. Foi quando me deparei com a “louca” da minha amiga se arrumando pro sapateado, com outra conhecida que se juntou com a recepcionista e foi logo perguntando o número do meu sapato.

Sem graça fui explicando que só parei ali pra saber dos valores da aula de jazz, e a moça dizendo que o meu pé era pequenininho : “É 33 ou 34 ?”

Afffff ainda dizia: “Não gente, não vou conseguir, tô até tonta hoje, minha perna esquerda pesa uma tonelada!”

“Se você não conseguir, você para! Mas experimenta, vai!”

E o Baby disse : “Vai lá Baby qualquer coisa me liga!”

E lá fui eu pra aula de sapateado, coisa que nunca imaginei na minha vida, achava que essa experiência não levaria comigo, sempre achei lindo, até um dia assistindo uma apresentação passou pela minha cabeça fazer um curso mas, foi só.

A aula de sapateado requer muito da agilidade com as pernas e pés para saber usar o sapato que é seu instrumento principal. Assim foi a primeira impressão que tive em uma única aula.

Fiquei morta naquela noite e dois dias depois, ainda tive uma distensão do quadril, nada que a massagem com ultrassom não resolvesse.

No entanto, super valeu a pena me desafiar e passar por cima de certos limites pois, já esperava pelas consequências.

Ahh vocês devem estar se perguntando do jazz, pois é ainda não consegui encaixá- lo à minha rotina…. Hehe

Mas, ainda não desisti.

E vocês, o que fazem que sentem que estão se desafiando ?

Bom amigxs múltiplos, vou ficando por aqui..

Milhões de beijinhos….

Até +

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