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Olá queridos, tudo bem?

No início deste mês celebramos o dia de finados, data estabelecida pela fé cristã para se orar por todos os mortos, principalmente por aqueles que ninguém ora. É um dia dedicado à saudade daqueles que amamos e já partiram.

Não é dessa saudade que quero falar, embora carregue no meu coração todos os dias a falta que sinto dos meus avós, minha dinda e alguns amigos que já se foram. Eu acredito na imortalidade da alma e num futuro reencontro com meus queridos.

Mas pensar nessas pessoas me fez lembrar de tantas outras que já passaram pela minha vida, de momentos que vivi e que sinto saudades também. Os amigos de infância, colegas de escola, de trabalho, andar de patins no asfalto da av. Cinco, jogar vôlei “de rodinha” no meio da rua, as reuniões dançantes, as rodas de “chimatrago” (chimarrão + trago) e violão em volta da fogueira. As baladas, o primeiro salário, o barzinho depois do expediente. Chopp e batata frita ou conhaque com guaraná dependendo das companhias. Do peso das fichas telefônicas no bolso e das horas penduradas no orelhão falando com o namorado. (Ó o atestado de velhice aí!)

Gosto dessas lembranças. Gosto de sentir essa saudade. Pra mim, sentir saudade é ter a certeza de que vivi momentos felizes, convivi com pessoas que de uma forma ou de outra, construíram a pessoa que eu sou. E sinto saudade da pessoa que eu era nessas épocas.

Sinto saudade da ingenuidade, da inocência, da ignorância. Em alguns momentos a ignorância pode ser uma bênção. Vivemos num mundo tão absurdamente violento, perigoso, insalubre. Ignorar tudo isso significaria sentir menos medo, por mim e por meus filhos.

Acho que o que eu mais sinto saudade é do tempo em que a gente se reunia para conversar. No pátio da escola na hora do recreio, no refeitório da empresa na hora do almoço, na roda em volta da fogueira, no banco da av.Cinco, na beira da praia, no sofá da sala, ao redor da mesa do almoço. Hoje a gente só se fala pelo computador ou celular.

Falta-nos o “olho-no-olho”, o calor do abraço, o som das vozes subindo de acordo com a euforia do encontro. Discutir mais filosofias e valores da nossa vida e daqueles que estão conosco e menos sobre a vida alheia e as superficialidades das redes sociais.

Sinais dos tempos. Não desejo voltar no tempo pois nada seria igual nem teria a mesma graça, mas é bom lembrar dessas coisas para termos sempre em mente o que é importante e não deve ser deixado pra trás e aquilo que é importante daqui pra frente.

“A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena.”

Abraços!

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