Tenho Esclerose Múltipla ou NMO?

Tenho EM há 15 anos e e meu neurologista recomendou um teste para neuromielite óptica.

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Eu vinha sofrendo com soluços que duravam mais de duas semanas. Meu neurologista estava preocupado e recomendou um teste para neuromielite óptica. Comecei a pesquisar sobre NMO e fiquei preocupado com o que aprendi.

A NMO é frequentemente diagnosticada erroneamente como Esclerose Múltipla. Os sintomas característicos da NMO são neurite óptica e mielite, ambos sintomas que eu tive. Tive mielite transversa, ou inflamação da medula espinhal, que me fez perder a capacidade de andar na primavera de 2005. Seis meses depois, fiquei cego no olho direito devido a neurite óptica, ou inflamação do nervo óptico.

Na época, estes dois eventos neurológicos levaram a um diagnóstico de esclerose múltipla recorrente-remitente. Quinze anos depois, descubro que poderia ter sido diagnosticado erroneamente o tempo todo. Isso foi chocante para mim em muitos aspectos. Quer dizer, nos últimos 15 anos, dediquei minha vida à EM, e pelo que parece, talvez nunca a tenha tido desde o início.

Quanto mais eu aprendia sobre NMO, mais parecia que eu tinha sido diagnosticado erroneamente mesmo. A NMO ocorre quando o sistema imunológico do corpo reage contra a medula espinhal e o nervo óptico, e às vezes o cérebro. Isso pode causar cegueira e paralisia, espasmos, problemas de bexiga e intestino e vômitos ou soluços incontroláveis.

A NMO também é conhecida como Doença de Devic, em homenagem ao neurologista francês Eugène Devic, que descobriu a condição em 1894. As crises de NMO podem ser tratadas com esteroides intravenosos e existem tratamentos disponíveis para aqueles que vivem com NMO (no meu país), então, se eu fosse diagnosticado recentemente com NMO, não haveria muita diferença na perspectiva de tratamento em comparação com o que estou acostumado com a EM.

O processo de diagnóstico da NMO também é semelhante ao da EM. O diagnóstico inclui um exame neurológico, ressonância magnética e punção lombar. A distinção-chave é que um teste de sangue é necessário para detectar os biomarcadores NMO-IgG e MOG-IgG que podem existir em seu sangue. Meu neurologista solicitou o teste de sangue e um flebotomista, ou seja, uma pessoa que pode colher sangue, veio até minha casa. O processo de coleta levou cerca de cinco minutos, mas eu tive que esperar pelos resultados. Esperar sempre é a parte mais angustiante.

Enquanto isso, eu li todos os artigos que pude encontrar sobre NMO. Quanto mais eu lia, mais eu pensava sobre o que um novo diagnóstico de NMO significaria para mim. Eu não estaria mais vivendo com EM, um distúrbio neurológico mais comum, e agora seria uma pessoa vivendo com NMO, uma doença mais rara? Isso exigiria uma mudança de tratamento ou estilo de vida? O que isso significava para o meu futuro? Comecei a sentir todos os medos e ansiedades que experimentei durante meu diagnóstico inicial de EM novamente.

No fim meu teste para NMO deu negativo. Foi um grande alívio e foi bom descartar a possibilidade de ter a uma doença ainda mais rara. Além do teste de sangue, também fiz uma ressonância magnética que não mostrou atividade de doença nova. No fim das contas ainda tenho esclerose múltipla recorrente remitente.

Escrito por Matt Cavallo e publicado originalmente por MS Focus.

Traduzido e adaptado por Redação AME

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