Na última sexta-feira, 30 de janeiro a Genzyme, empresa farmacêutica do grupo Sanofi, apresentou à imprensa a sua droga de primeira linha para a Esclerose Múltipla: Aubagio 14 mg (teriflunomida), administrado em uma dose diária, de forma oral e distribuição exclusiva em hospitais.
O Aubagio foi aprovado para a esclerose múltipla (EM), no mesmo ano nos EUA e na Europa, e recebeu aprovação da EMA, em agosto de 2013. Como observado na folha de dados, o produto é comercializado na Espanha a um preço de 1.053,18 € por mês, em embalagens de 28 comprimidos. A droga ganhou aprovação para o financiamento do Ministério da Saúde uma vez que o laboratório detentor da patente rebaixou suas reivindicações financeiras, o que pode colocar o seu custo final anual nas imediações de 8.000 euros. Aubagio 14 mg vem apoiado por estudos clínicos TEMSO, Torre, Ténéré e tópico, entre outros, com um total de mais de 3.000 participantes do ensaio de 36 países. Além disso, o produto tem uma riqueza de informações, uma vez que começou a ser investigado em 2003.
Dr. Oscar Fernandez, chefe de neurologia do Hospital Universitário Regional em Málaga, explicou à imprensa que a teriflunomida tem efeito imunomodulador com propriedades anti-inflamatórias e capacidade de conter a proliferação de linfócitos T e B ativados, causando danos neuronais, uma vez que entra no sistema nervoso central (SNC). Como relatou o Dr. Fernandez, teriflunomida não supera seu rival mais próximo, o injetável Beta Interferon, mas apresenta maiores taxas de resposta na redução da taxa de recaída e consequentemente da progressão da incapacidade, uma vez que, sendo oral, reduz desvantagens da outra terapia (lesões dérmica, a “falsa gripe”, …) são evitados.
Dr. Joseph Meca, o controlador do hospital Virgin Múltille Esclerose na região de Murcia, acrescentou que, em matéria de eficácia o centro médico supera os ensaios clínicos recolhidos. Meca também influenciou a necessidade de um diagnóstico e de aplicar um tratamento o mais cedo possível, pois a esclerose é uma doença “devastadora” que muda o curso da vida de pessoas muito jovens, especialmente mulheres, e, a longo prazo, pode ocasionar em comprometimento cognitivo, também afetando casos benignos, ao contrário do que se acreditava até recentemente. Há 45.000 pessoas com esclerose múltipla na Espanha, 2.300 novos casos detectados a cada ano, sendo que alguns destes diagnósticos podem chegar a seis meses em consultas de neurologia por má utilização das MRI (Ressonâncias Magnéticas).
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