ESCLEROSE MÚLTIPLA E O VOLUME DO CÉREBRO

Compartilhe este post

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no twitter
Todas as pessoas perdem volume cerebral ao longo da vida. É um processo natural do corpo humano. Em indivíduos adultos, essa redução fica entre 0,1% e 0,3% ao ano, a partir dos 20 anos de idade, provocada por fenômenos como a desidratação, perda de neurônios e de células da glia, que suportam o funcionamento do sistema nervoso central.
É por esse motivo que exames como a ressonância magnética ou a tomografia verificam em pessoas com, por exemplo, 80 anos, uma atrofia cerebral, mas isso não é diagnóstico de doença neurológica, pode ser apenas algo habitual para a idade.
Pessoas que têm esclerose múltipla podem perder de 0,4% a 1,5% de volume cerebral ao ano, a partir do diagnático confirmado, conforme a agressividade da doença. A avaliação do volume cerebral tem sido usada para conclusão em estudos clínicos de medicações, observando como esses remédios oferecem diferentes níveis de redução desse volume.
“Isso tem um grande papel em pesquisas porque é necessário aplicar padrões de ressonância muito difíceis de obter. No caso das mulheres, até mesmo o ciclo menstrual influencia porque nesse periodo a paciente apresenta aumento do volume cerebral”, explica o neurologia Denis Bernardi Bichuetti.
Segundo o médico, para pacientes remitentes recorrentes, todos os medicamentos disponíveis diminuem a perda de volume do cérebro, ou seja, fazem com que essa redução seja desacelerada. “As técnicas de medição foram usadas na produção dos remédios mais novos porque elas também são recentes”, explica o neurologista.
Vale destacar que o termo correto para essa avaliação é VOLUME cerebral porque trata-se de uma medida usada na ressonância.
Massa do cérebro diz respeito ao peso, que só pode ser medido quando este é retirado da caixa craniana e colocado sozinho na balança. Neste momento o dono desse cérebro, provavelmente, não precisa mais dele.
A esclerose múltipla afeta cada pessoa de uma forma diferente e, quando surgem informações alarmantes, principalmente na internet, sobre o cérebro de pessoas com doença, é fundamental buscar conhecimento concreto. Na dúvida, fale com a AME.
Luiz Alexandre Souza Ventura, especial para a AME
Veja mais sobre atrofia cerebral e EM em um post especial do Dr. Denis Bichuetti em seu blog aqui na AME: Atrofia Cerebral e EM.

Explore mais