Corticoide e a Esclerose Múltipla

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Confira algumas perguntas e respostas sobre o uso de corticoide na Esclerose Múltipla!

 

1 – Porque usamos corticoides para tratar a EM?

O corticoide é o melhor anti inflamatório que existe, mas não usamos sempre pois seu uso prolongado causa efeitos colaterais como ganho de peso, osteoporose e diabetes. Após 1g de solumedrol (1 dia de pulsoterapia) a barreira hematoencefalica é “fechada” contra inflamação, isto é, bloqueada de agressão por glóbulos brancos, cessando a inflamação aguda e permitindo recuperação. Três a cinco dias de Pulsoterapia com solumedrol é usado em várias doenças como forma rápida de cessar inflamação, e com menos efeito adverso que 1 a 2 meses de corticoide oral.

 

2- Existe algum outro momento em que o corticoide é recomendado, como pseudo surtos, por exemplo?

Não. Não se usa corticoide em EM fora de surtos, e lembremos que alguns surtos, às vezes, passam sozinhos sem corticoide. Mas muitas pessoas se sentem bem, pois a cortisona é o hormônio do estresse, dá energia, melhora fadiga, dá energia e por isso muitos pacientes sentem-se melhor após uma pulsoterapia, mesmo sendo pseudo surto. Por isso a opinião médica é importante, pois existem muitos “surtos” que talvez fosse apenas fadiga ou pseudo surtos e a pessoas se sente bem após a pulsoterapia.

 

3- Como ele age no organismo?

Ele reduz a atividade de várias células do sistema imune e mediadores inflamatórios. Por isso funciona, na EM, no Lupus e , muitas vezes, em uma sinusite, por exemplo.

 

4- É necessário fazer o desmame?

Não, e não há consenso. Há médico que recomenda, médico que não recomenda.

 

5- Existe algum limite de administração por ano?

Não necessariamente, aliás, há doença em que se usa corticoide por anos, com o controle adequado. Mas, em EM, qualquer pessoa que faça duas pulsoterapias em um ano ou, pelo menos, uma todo ano de forma consecutiva, deve ter seu tratamento de manutenção ou diagnóstico revisados. Hoje em dia temos tratamentos preventivos em potências variadas para que a pessoa com EM não precise fazer pulsoterapia com frequência.

6- Quais estratégias para lidar com possíveis efeitos colaterais da medicação?

Evitar excesso de sal, açúcar, comer de forma controlada e fazer atividade física.

 

 

Fonte: dr. Denis Bichuetti

Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Especialista em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, onde hoje é professor.

Trabalha na área de neurologia clínica com um carinho especial por pessoas com esclerose múltipla, procurando ajuda-las não só como clínico mas como pesquisador, ensinando novos médicos no cuidado de pacientes e colaborando com organizações de pacientes.

Hoje é também o Consultor Científico da AME.

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