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Oi gentes, tudo bem?

Por aqui tudo ótimo!

Bom, hoje eu quero continuar refletindo sobre o assunto do último post. Aquele das pesquisas sabem?

Porque se tem uma coisa que me incomoda é as pessoas ficarem buscando a causa pra minha esclerose. Quando conto pra alguém que tenho EM e a pessoa diz: taquiuparil, que m… hein? É melhor do que quando diz: por que será né? A minha resposta, invariavelmente é: porque eu tenho um corpo ué, que poderia ter qualquer coisa.

Aí a pessoa continua, mas será que tu comia alguma coisa? Será que foi uma vacina que tu tomou? Será que a tua mãe fez alguma coisa na gravidez? Ou, o pior de todos: mas tu era tão jovenzinha… deve ter feito alguma coisa em outra vida né?

Sinceramente, estou cagando para o que causou a minha EM. Não quero dizer com isso que não seja importante pesquisas sobre as causas da EM. Acho que é sim, até pra evitar que pessoas venham a ter no futuro.

Mas, honestamente, não me ajuda em absolutamente nada saber o que causou a minha EM, especificamente uma vez que eu já a tenho e não posso evitar de ter. Me ajuda menos ainda as pessoas ficarem buscando em causas sobrenaturais o que causou a minha EM.

O que importa, pra mim, é o que eu posso fazer com a minha EM agora. Daqui pra frente. Tipo, eu tenho EM e o que eu posso fazer com/pra ela. Entendem?

Porque, por exemplo, é lógico que uma pessoa que fumou a vida toda e desenvolve um enfisema pulmonar sabe que uma das causas de sua doença foi seu comportamento diário de uma vida toda. Mas saber disso não cura o enfisema, nem melhora psicologicamente a vida da pessoa ficar culpando ela e lembrando ela disso. O negócio é: o que eu posso fazer agora, com esse diagnóstico? 

Recebo muitos e-mails de pessoas se perguntando: por que eu? E eu sempre respondo: Por que não você? O que você tem de especial que te faria imune a uma doença… qualquer doença? Nada! Somos seres humanos, com corpos frágeis e suscetíveis a ter doenças, ora bolas!

Aí vem a pergunta: mas o que será que causou? E sempre respondo: vai fazer diferença saber a causa? Se foi você quem causou, vai poder voltar no tempo e desfazer o que foi feito? Não!!!! Depois de encostar na primeira peça do dominó e ele desmoronar todo, o negócio é juntar as peças e arrumar de novo. Mas daqui pra frente, o que você vai fazer tendo a doença? Isso sim faz diferença na nossa vida.

Não sei, eu tive o diagnóstico muito jovem e, muito jovem eu já tinha esse pensamento. Antes de eu ficar fuçando pesquisas sobre EM, minha mãe, amigos mais velhos, médicos etc. faziam isso e me contavam. Confesso que as únicas pesquisas que sempre me interessaram foram as de novas medicações, e as que apresentavam algum acessório, órtese ou formas de ter mais qualidade de vida. Não que não seja importante saber a origem da doença. Mas, no meu dia a dia, é mais importante saber um alimento que melhore a minha fadiga do que mais uma especulação sobre uma possível causa de EM que não se concretiza, como aquela da farinha de mandioca que eu inventei semana passada.

Bom, acho que era isso que eu queria “desabafar” hoje. E você, o que faz tendo o diagnóstico hoje?

Até mais!

Bjs

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