Drogas Orais são tema de discussão no 7º Simpósio Brasileiro Regional de Esclerose Múltipla

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No dia 05 de novembro aconteceu, em Belo Horizonte (MG) o 7º Simpósio Brasileiro Regional de Esclerose Múltipla, idealizado e organizado pelo Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas (BCTRIMS). O evento, que teve como objetivo a atualização científica sobre o diagnóstico, progressão e tratamento da EM e da Neuromielite Óptica, reuniu profissionais da área de saúde para discutirem três temas: Drogas orais, em palestra apresentada pela Dra. Maria Fernanda Mendes, membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), O Protocolo Brasileiro de Tratamento da Esclerose Múltipla 2016, proposta pelo Dr. Jefferson Becker, presidente do BCTRIMS, e Características diferenciais entre as neurites ópticas, apresentada pelo Dr. Marco Aurélio Lana-Peixoto, Professor da Universidade Federal de Minas Gerais.

A AME conversou com a Dra. Luana Salles, médica neurologista do Hospital Sírio Libanês, que esteve presente no evento, para trazer as mais novas informações sobre as drogas orais no Brasil. Sabemos que as drogas orais são o "sonho de consumo" de muitas pessoas com EM que utilizam os medicamentos injetáveis. No entanto, nem sempre a opção disponível é a mais adequada para o perfil do paciente. A dra. Luana destacou que atualmente temos três drogas orais aprovadas no Brasil para uso na Esclerose Múltipla: dimetilfumarato, teriflunomida e fingolimode. No entanto, destas três drogas, o Sistema Único de Saúde, até o momento, incorporou apenas uma: o fingolimode. Já a teriflunomida e dimetilfumarato se encontram em processo de avaliação pela CONITEC.

A Dra. Luana nos explicou que o dimetilfumarato é utilizado em duas doses diárias, possui eficácia no controle de surtos em uma taxa superior aos interferons e ao acetato de glatirâmer. Já o fingolimode é utilizado em uma única dose diária, foi comparado em estudos ao interferon IM e ao placebo, sendo superior de forma bastante significativa na redução da taxa de surtos, redução de progressão de incapacidade e melhora de vários aspectos de ressonância magnética (redução no número de novas lesões e atrofia cerebral). Por fim, a teriflunomida é utilizado em uma dose única diária e possui eficácia semelhante aos interferons.  

A dra. Luana ressalta que todo medicamento pode apresentar efeitos colaterais, portanto, a recomendação é que se consulte o seu médico neurologista regularmente, a fim de monitorar o controle da doença e viver com mais qualidade de vida.

Eventos científicos como esse são de extrema importância para o desenvolvimento e compartilhamento da pesquisa em EM no Brasil. Para o Dr. Rodrigo Kleinpaul, coordenador do Simpósio Regional  BCTRIMS Sudestem “A importância de se realizar eventos como esse é que, por meio do conhecimento científico compartilhado entre os participantes, o paciente com EM acaba recebendo, em todas as esferas, um tratamento otimizado para a doença".

 

Redação AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose

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