Lesões cerebrais podem não causar deficiências graves na Esclerose Múltipla

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O volume das lesões cerebrais em pessoas com Esclerose Múltipla (EM) não indica o grau de gravidade ou incapacidade, de acordo com um estudo concluído na Universidade de Buffalo e apresentado na reunião anual do Comitê das Américas para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla (ACTRIMS).

Lesões cerebrais são áreas de dano causadas por lesão ou doença. Estes são marcadores que os pesquisadores usam para determinar a progressão da Esclerose Múltipla e modificar os tratamentos para retardar o acúmulo de lesões. Contudo, o novo estudo sugere que o volume de lesões na substância branca do cérebro não fornece informações sobre o grau de incapacidade. As descobertas ainda não foram publicadas em uma revista revisada por pares.

O que revela o estudo sobre lesões e a Esclerose Múltipla

Nesse sentido, para o estudo, os pesquisadores compararam dois grupos de pessoas com Esclerose Múltipla, entre 30 e 80 anos. Assim, eles combinaram cada participante com outra pessoa que teria o mesmo sexo e tempo de duração da EM semelhante. Além disso, eles diferiram em deficiências físicas e cognitivas.

Os cientistas disseram que não encontraram diferenças materiais nas lesões cerebrais da substância branca. No entanto, os participantes com deficiência grave tiveram perda de massa cinzenta, embora todo o volume do cérebro fosse comparável em ambos os grupos. Os pesquisadores relataram que o grupo mais severamente afetado também tinha atrofia pronunciada da conexão entre o cérebro e a medula espinhal e uma perda mais avançada de neurônios.

A importância da pesquisa na Esclerose Múltipla

Apesar dos muitos tratamentos disponíveis, estima-se que 10% a 15% das pessoas com Esclerose Múltipla desenvolvam o tipo EM Primária Progressiva (EMPP). Em alguns casos, ela pode levar à incapacidade em uma idade relativamente jovem. Enquanto isso, as chaves para compreender a incapacidade grave na EM podem ser os danos corticais, na substância cinzenta profunda e na medula espinhal, em vez de lesões.

Ou seja, os pesquisadores esperavam encontrar informações que pudessem ajudar a explicar por que algumas pessoas ficam gravemente incapacitadas rapidamente e outras muito mais lentamente.

“Este estudo se baseia em trabalhos anteriores que demonstram que a EM não é apenas uma doença da substância branca; pode haver um extenso envolvimento da massa cinzenta”, disse a Dra. Barbara Giesser, neurologista, especialista em Esclerose Múltipla do Pacific Neuroscience Institute em Santa Monica, Califórnia.

“O envolvimento da substância cinzenta e da medula espinhal tende a se correlacionar com incapacidade mais grave, independentemente do envolvimento da substância branca”, disse ela à Healthline. “Se for demonstrado que isso serve como um indicador de prognóstico, pode ajudar a orientar o tratamento para terapias mais precoces e agressivas nesses pacientes”.

Leia mais no site da AME:

Tradução e adaptação: Redação AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose

Fonte: Healthline

Escrito por Eileen Bailey em 28 de fevereiro de 2023. Revisado por Dana K. Cassell.

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