Celebridade ou não, você é importante para a comunidade de Esclerose Múltipla

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Todas as pessoas com Esclerose Múltipla devem ter o mesmo valor para nossa comunidade, seja celebridade ou não

 

Autora: Jamie A. Hughes é redatora e editora e mora em Atlanta, nos EUA, com o marido, dois filhos e um dois gatos. Ela foi diagnosticada com EM remitente-recorrente em 2004.

 

Christina Applegate, estrela norte-americana de filmes clássicos dos anos 90 como “Viva! A Babá Morreu” e programas de TV como “Um Amor de Família”, anunciou em 10 de agosto que foi diagnosticada com Esclerose Múltipla aos 49 anos. Ela não compartilhou muito além disso, só que tem sido “uma estrada difícil” desde que ela descobriu a condição. A produção de sua série atual, “Disque Amiga para Matar”, foi temporariamente pausada, e a Netflix e a CBS Studios divulgaram um comunicado conjunto dizendo que apoiam Applegate enquanto ela pensa em seus próximos passos.

Ela é uma das várias celebridades norte-americanas que trouxeram ao público sua condição de EM, incluindo Jack Osbourne, Jamie-Lynn Sigler, Montel Williams, Teri Garr, Temia Hill e Selma Blair, que o fez estando fabulosa enquanto usava uma bengala no tapete vermelho da festa de 2019 da Vanity Fair no Oscar.

Acho maravilhoso que as pessoas que já têm uma plataforma pública estejam sendo corajosas e se abrindo sobre como é a vida quando você tem EM. Além disso, quando uma celebridade querida corre esse risco, ela geralmente chama muita atenção (e dinheiro em potencial para pesquisa) para a causa, o que nunca é uma coisa ruim.

No entanto, quando algo acontece a uma celebridade, há um certo nível de distanciamento. Afinal, essas pessoas são famosas; seus nomes e rostos estão espalhados em pôsteres de filmes e sites de estúdios. Como fãs de seu trabalho, nós as amamos de longe e de uma forma que provavelmente nunca será retribuída diretamente.

Então, embora eu esteja feliz por ter pessoas como Christina Applegate na “equipe”, por assim dizer, não quero que as pessoas percam de vista o fato de que há cerca de 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com EM. (Se, como eu, você não pode trabalhar com números tão grandes, deixe-me mostrar a realidade para você. Esse número mundial é algo entre as populações de Belo Horizonte e Fortaleza – a sexta e a quinta maiores cidades em população no Brasil, respectivamente.)

Esta condição crônica não afeta apenas mulheres brancas atraentes com alguns filmes de sucesso em seus nomes. Acontece com pessoas de todas as raças e nacionalidades; afeta também homens, além de mulheres. Não importa se você é rico ou pobre, em quem votou ou a quem ama. E cada pessoa que está vivendo com esta condição é um super herói aos meus olhos – um herói vestindo capa e destruindo o mal.

Jenn Powell, colega colunista no MS News Today, escreveu em uma coluna recente que “É preciso coragem para viver com EM. Aqueles de nós com esta condição são fortes. Todos nós. Até você. Especialmente você. (…) Você pode sentir derrota, exaustão, tristeza e perda, mas ainda assim é forte. Sua força não depende de sua EM – elas são mutuamente exclusivas. Sua decisão de tentar novamente é mostra persistência. Sua capacidade de permanecer aberta é sua fortaleza. Você é o suficiente.”

Eu não poderia concordar mais. Cada pessoa que escolhe se levantar de manhã e lutar contra quaisquer desafios que surjam é verdadeiramente forte e muito corajosa

Estou orgulhosa por essas pessoas falarem suas verdades e viverem audaciosamente. Estou orgulhosa por mim mesma. Estou orgulhosa por Christina Applegate. Estou orgulhosa por você. Estamos todos fazendo isso todas juntas, todas puxando na mesma direção, nenhuma de nós mais ou menos valiosa do que a pessoa ao lado.

Não estou feliz que Applegate tenha EM (acho que nenhum de nós está), mas estou feliz em saber que ela se juntou à luta contra a EM porque, como todas nós fazemos todos os dias, eu sei que ela vai dar tudo de si.

Desejo a ela tudo de bom enquanto ela começa a navegar nesta estranha geografia que nós conhecemos muito bem. Eu desejo o melhor para você também, querida. Vamos continuar!

 

Fonte: Multiple Sclerosis News Today

Tradução e adaptação: Redação AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose

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