Oie amores múltiplos, sabem aqueles dias que estamos mais introspectivos e ficamos parados por alguns instantes refletindo?
Pois bem, nessas minhas reflexões, comecei a notar que tenho um certo sentimento de posse com a EM. Vou tentar explicar pra vocês e espero saber de vocês se isso é comum.
Bem, sabemos que a EM se manifesta de formas diferentes a cada paciente, que cada qual tem sua sintomatologia, que cada um vai responder de forma específica a cada medicamento e o curso dela será totalmente diferente de outro paciente.
Quando recebi o diagnóstico da Esclerose Múltipla, o meu médico me disse que a partir daquele dia, havia uma sigla que iria me acompanhar em várias situações e que eu deveria gravar o CID 10 – G35 que é a “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, frequentemente designada pela sigla CID (em inglês: International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems – ICD) fornece códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais, sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para ferimentos ou doenças.”
E ele estava certo, é esse G35 que me acompanhou, na mudança de função no meu trabalho, na minha carteira de habilitação, na compra do meu carro, no estacionamento para pessoas com deficiência, na farmácia de Alto Custo, em atendimentos prioritários e na minha aposentadoria precoce.
Como devo ser uma pessoa um pouquinho possessiva, coloquei o G35 no bolso, na carteira, na bolsa e o levo por onde for.
Quando leio aquela frase : tenho EM mas ela não me tem. Já penso: ” Eu tenho EM e ela é minha….. rsrs ”
Minha amiga, minha companheira, minha bruxa, minha bonitona, minha horrorosa…. Só que minha !
Quando me pego conversando com alguém que me pergunta da EM, percebo que respondo : ” a minha doença é assim…..blá blá blá ”
Não sei se meu subconsciente pensa que por manter ela sobre minha posse, poderei a controlar…..rsrsrs
Será que o caso de levar para a terapia, esse sentimento de posse da EM, e se for loucura mesmo?
Acredito que é um relacionamento de amor e ódio que sinto pela minha EM, quando ela fica na dela e me deixa fazer tudo que gosto, a amo, mas é só ela dar um sinal de vida, que a odeio, fico de mal dela e nem a chamo mais de minha. Falo: “essa” EM tá acabando comigo, como se fosse qualquer uma.
Só que depois, fazemos as pazes e ela volta a ser minha.
Porém, gosto de saber que não é questão de posse apenas, ou de ter a ilusão de poder controla- la. Mas sim, de saber que por ser minha, escolhi não viver em função dela, apenas a respeitando vamos convivendo muito bem há mais de 10 anos agora. Aprendendo sempre!
E vocês amores, tem esse sentimento de posse? Minha EM, meu Cid, minha doença?
Me contem como se relacionam com a bonitona.
Mil beijinhos e até mais….
Bom dia, me chamo Solange e tenho a EM desde 2010, mas só comecei o tratamento com medicações em outubro de 2017, a´te então fazia só acompanhamento com exames e RM. Fui diagnosticada com ela, apesar de ter tido, até hoje, apenas um surto. As RM indicam 14 lesões no crânio. No inicio já apareceram 12 lesões, que se mantiveram até 2016 estáveis, quietas, em silêncio, quando na RM de 2016 surgiu a lesão de número 13 e na de 2017, a lesão 14, embora e graças ao bom Deus sem nenhum surto. Iniciei o tratamento e continuo sem surtos, mas no inicio foi difícil entender o porquê de ter que tomar uma medicação se não tá “acontecendo nada”. Demorei, mas entendi e aceitei. Não tá “acontecendo nada” aparentemente, mas alguma coisa mudou e/ou tá mudando se não, não teria surgido outras duas novas lesões. Hoje procuro, tento e penso como você: “eu tenho EM, mas ela não me tem”. è uma “criança”, um “bichinho de estimação” que vou ter que levar pra onde eu for, que se bem cuidado e tratado permanece ali quieto, mas que tá lá e ao menor descuido ele diz: “ei, num esquece de mim não, eu tô aqui”. Mas é isso…
Boa tarde amigos e leitores. Pelos sintomas talvez eu tenha EM desde o ano de 2008, quando tive visão dupla por um período de 1 mês aproximadamente. Talvez fosse o que chamam de surto. O tempo passou e em março de 2018 comecei a sentir fraqueza na perna esquerda e procurei médicos até ser diagnosticado com EM em junho de 2018. As vezes dá essa fraqueza na perna e passa. Essa doença é curiosa e já disse para o meu pai que “eu tenho mas não tenho”. Parece que é como diz o próprio post. Comecei o tratamento em final de agosto de 2018, com três injeções por semana de Interferon Beta 1 A. Mas o que eu posso dizer a vocês é que não percam a fé em Deus. Temos que acreditar que sobretudo existe o nosso Pai celestial que nos guarda e nos cuida. Temos que acreditar Nele e continuar a nossa vida!