Viver com EM e rir da vida? Veja a minha linha do tempo… Você está prestes a ler o relato sobre diagnóstico de EM de Franciéle Souza. Boa leitura!
Os sintomas começaram e a investigação também. Passei por alguns médicos achando que estava com problemas na coluna devido a dor lombar, exames de labirintite em razão do desequilíbrio. Ao mesmo tempo, sentia muito cansaço e, posteriormente, fiquei familiarizada que era a companheira fadiga.
Em dezembro de 2012, fui parar no consultório do neurologista por indicação do médico da coluna. Chegando lá, ele pediu uma ressonância magnética com urgência e foi confirmada a suspeita, bingo! Era Esclerose Múltipla. Eu estava em surto e, por isso, comecei minha primeira pulso terapia.
Quando recebi a notícia, a minha primeira reação foi chorar – imagino que como qualquer pessoa que não sabe direito do que se trata e o que virá pela frente.
Logo depois, comecei uma longa pesquisa sobre a doença. Mais calma, entendi que, se iria viver com esse diagnóstico o resto da vida, que fosse da maneira mais leve possível. E claro, passei por muitos perrengues com a doença, mas procurando quase sempre rir das situações e tentar tirar algum aprendizado disso tudo.
A vida continua após o diagnóstico
O pior é que a EM vem acompanhada de outras condições que se manifestaram com mais intensidade agora depois do meu segundo surto, em novembro de 2021. São exemplos dessas novas manifestações as crises de ansiedade, alterações de humor, espasticidade e a pior de toda neuralgia do nervo trigêmeo.
Mas, como eu disse, procuro sempre ver o lado positivo disso tudo. Então, o lado bom foi que eu comecei a me cuidar bem mais. Desde este último surto, estou fazendo pilates há quase três anos consecutivos e, há dois anos, academia e terapia também. Assim, percebi que esse autocuidado é muito importante e me ajuda a compreender melhor muitas coisas e ter mais autoconfiança.
Nesses 12 anos, tive dois surtos e muito aprendizado, sendo esse último mais forte e mais difícil de recuperar. Tenho dificuldade na marcha, uso o auxílio da bengala para me locomover, mas não deixo de fazer o que quero.
É possível sim viver com EM e rir da vida.