Oi! Faz um tempo que não passo por aqui, então vamos conversar e… Falar sobre nós e fatos?
Ontem foi o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que passou a ser “comemorado” em 1992. A ideia era conscientizar e dar visibilidade às pessoas que eram e, em alguns casos – como sabemos – ainda são tratadas como invisíveis. Isso sem falar do leque antigo e absurdo de frases de desrespeito que ouvimos por ter uma deficiência.
De acordo uma de uma pesquisa divulgada em 2023 pelo IBGE, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência que incluem deficiências físicas, mentais, visuais e auditivas. Encontramos barreiras de acesso na área da saúde, educação, mercado de trabalho, socialização.. Até o direito de ir e vir, em alguns casos, some de nossas vidas.
As sequelas da EM
Convivo com a “Dona EM” faz um certo tempo por conta de sequelas deixadas pelo surto uso órteses. Uso uma muleta para me ajudar a caminhar e não me incomodo, muito menos tenho vergonha de usar esses equipamentos auxiliares pois, afinal, eles me ajudam. O que cansa e, muitas vezes, pode machucar é a falta de informação – e digo até humanidade de alguns que parecem ser incapazes de ver e entender o significado de três letras PCD: Pessoa com Deficiência quer dizer que a pessoa vem antes da deficiência. Por qual motivo é tão difícil escolher nos ver?
Não escolhi ser PCD, mas escolhi viver e não desistir de mim. Sinceramente, nem sempre é fácil pois tem dias que encarar as ruas, transporte e eita! “Seu lugar não é
aqui”. Afff! Não é mole, não! Porém, nesse momento lembro da promessa que a menina de 24 anos fez a si mesma: escolhi viver além do meu diagnóstico ou das dificuldades que ele possa me apresentar e aqui estou um passo de cada vez
E se eu tropeçar?
Vou parar e recomeçar no meu tempo. Mas, como havia dito, não quero falar só de mim, mas de nós. Sabem qual é o tema da campanha do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 2024? Ampliando a liderança de pessoas com deficiência para um futuro inclusivo e sustentável e inclusivo.
Sinto esse tema como um convite para nós, PCDs, assumirmos a liderança de nossas vidas, mostrarmos nossas capacidades e falarmos de necessidades, além de dar ideias para ir rumo à uma
mudança. Ubuntu eu sou porque nós somos e #JuntosSomosMaisFortes.
Participei do 3º episódio da websérie #InformaçãoÉOMelhorRemédio – Contar ou não contar o diagnóstico? Confira aqui!