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Por Tatiana Abrahão

 

Olá pessoal! Desde que fui convidada a participar desse grupo de blogueiros da AME tenho pensado muito sobre com o que poderia contribuir. E uma palavra sempre está em meus pensamentos: RECOMEÇO. “Pô, mas o que vou escrever sobre isso?!?!” Quando então me dei conta do quanto essa palavra tem importância em toda essa caminhada… Logo que tive o diagnóstico, a sensação que tive foi de um super restart ali mesmo durante os vinte dias em que fiquei internada. O primeiro sentimento que tive foi a necessidade de exercer o perdão tanto ativa quanto passivamente. Eu que tantas vezes cultivei mágoas, passei a sentir uma necessidade quase que imediata de reavaliá-las e não seguir com esses ressentimentos. Depois me dei conta de que o mundo segue comigo ou “sem migo” e que tudo o que eu tanto me preocupava exageradamente e acreditava que apenas eu poderia fazer simplesmente seguia. Assim como as nuvens do céu… Me lembro perfeitamente do momento em que descobri isso. Foi num passeio pelo hospital, durante a minha primeira internação.

Eu ali na porta de entrada do hospital, numa cadeira de rodas, cheia de eletrodos, um dia lindo, um vai e vem de pessoas e repórteres (estávamos no meio das olimpíadas e aquela unidade era a referência para tratamento dos atletas e comissão técnica). O mundo seguia. Meus prazos estavam sendo cumpridos. E eu ali. O importante era ficar bem, minha família estar bem. Nada mais do que isso. E a minha fé?! Aaaaaah isso foi um capítulo à parte. Ela que sempre existiu, mas de forma tão rasa, e naqueles vinte dias pude experimentar um aprofundamento, um laço, uma calmaria no meio daquele turbilhão de tudo o que estava acontecendo… mais um recomeço… Ao receber alta comecei a perceber a importância da minha alimentação e da atividade física e foi uma nova guinada. Descobri que era possível viver sem meu queijinho, sem glúten e com tantas outras possibilidades e ser feliz!

Descobri que a atividade física também seria minha grande aliada. Nesse tempo, quantas mudanças de perspectivas tenho tido, quantos recomeços, alguns mais fáceis, outros mais difíceis, inúmeras lombadas nesse percurso, acertos, erros, mas seguindo… Hoje estou vivendo mais um período de recomeço. Mais um momento de nova forma de encarar o meu mundo, afinal tenho um bebezinho lindo que depende de mim e eu preciso estar bem para seguirmos essa caminhada. Estava me sentindo desnorteada (o puerpério não é fácil), com tudo o que havia mudado bagunçado dentro de mim, e de repente me deparei a seguinte postagem da minha amiga Olga: “Se for preciso mudar, mude. Comece de novo. A vida é feita de recomeços. “ Então simbora recomeçar. É fácil? Não. Mas é super possível. Até mais! Beijinhos, Tati

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