Está em dúvida se os sintomas que está sentido possam ser Esclerose Múltipla (EM)?
Você pode ter pesquisado sobre a EM na internet e lido sobre sintomas semelhantes aos que está experimentando. Alguém na sua família pode ter EM e você está com receio de conviver o mesmo diagnóstico.
Abaixo estão as perguntas frequentemente feitas por pessoas preocupadas sobre ter EM. Separamos informações sobre os primeiros sinais comuns de esclerose múltipla e como obter um diagnóstico!
Meus sintomas são os primeiros sinais de Esclerose Múltipla?
Há uma ampla gama de sintomas possíveis, mas a maioria das pessoas apresenta apenas um pequeno número na época do diagnóstico e não vai sentir todos eles.
Alguns dos primeiros sintomas mais comuns são:
- fadiga (uma espécie de exaustão desproporcional à tarefa realizada)
- desequilíbrios e maior quantidade de tropeços
- sensações incomuns na pele (como alfinetes e agulhas ou dormência)
- pensamento lento
- problemas de visão
Existem outros sintomas de EM, mas eles são menos comumente experimentados no início do curso da doença.
Todos esses primeiros sintomas também podem ser sintomas de outras condições médicas. Se você está preocupado com os sintomas de EM, é importante consultar um profissional de saúde para obter o diagnóstico correto. Não existe um teste definitivo para a EM e o diagnóstico envolverá a consideração dos vários sintomas e a exclusão de outras explicações. Este processo pode demorar algum tempo.
Com quem devo falar sobre meus sintomas?
Em primeiro lugar, converse com seu médico sobre os sintomas que você está experimentando. O clínico geral não pode fazer um diagnóstico de EM, mas pode avaliar seus sintomas e descartar condições alternativas que possam estar causando seus sintomas. Em maio de 2019, o NICE (Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados) emitiu novas orientações para ajudar os clínicos a identificarem pessoas que podem ter uma condição neurológica e que devem ser encaminhadas a um especialista.
Se o seu médico não puder descartar a EM após os testes feitos, pode ser feito um encaminhamento para o especialista apropriado. Um neurologista é especialista para doenças do sistema nervoso, incluindo EM, embora nem todos os neurologistas sejam especialistas em EM especificamente. Se o seu médico achar que seus sintomas não são devidos à esclerose múltipla, ele pode encaminhá-lo a outro especialista se achar que é mais apropriado.
Saiba mais sobre o caminho para o diagnóstico e os exames que podem ser solicitados em nossa seção sobre diagnóstico de EM.
Como posso me preparar para uma consulta?
A gama de sintomas que você pode estar experimentando podem te sobrecarregar, e pode ser difícil explicar como eles estão afetando você.
Antes da consulta, pode ser útil manter um diário de sintomas, observando:
- quais sintomas você está experimentando e há quanto tempo eles começaram
- com que frequência e quando os sintomas ocorrem
- se eles vêm e vão ou são mais persistentes
- a gravidade dos sintomas – pode ser uma escala simples, como 1 para dias bons a 5 para dias ruins
- como os sintomas afetam as atividades cotidianas
- qualquer coisa que pareça desencadear sintomas ou fazê-los sentir-se pior ou melhor
Também é importante notar:
- outras condições de saúde que você possa ter
- qualquer medicamento que você esteja tomando – tanto prescritos quanto sem receita
- condições médicas que afetam outras pessoas em sua família
Preparar essas informações com antecedência pode te ajudar a explicar melhor os sintomas que está experimentando e pode ajudar a aproveitar ao máximo a sua consulta. Você pode preparar um breve resumo do que anotou em seu diário. Isso deve ser feito em uma única folha de papel, talvez como uma lista ou uma tabela. Você pode dar isso ao seu profissional de saúde como uma visão geral.
Como posso lidar com a incerteza?
Pode levar algum tempo para encontrar um diagnóstico para seus sintomas. Você pode conversar com vários profissionais de saúde e fazer uma série de testes. Nem todos esses testes serão exames de esclerose múltipla . Por exemplo, a EM não pode ser diagnosticada em um exame de sangue, mas você pode ter alguns deles para descartar outras explicações possíveis para seus sintomas.
Entender como está indo sua jornada para o diagnóstico pode ser útil durante esse período.
- No final de uma consulta, descubra quais serão os próximos passos e que outros testes podem ser feitos
- Se houver necessidade de mais agendamentos, pergunte quando você pode esperar que eles aconteçam
- Se você não entender algo peça ao profissional de saúde para explicar, talvez de uma forma diferente
- Se você não estiver satisfeito com a maneira como o diagnóstico está sendo tratado, você pode pedir ao seu médico para encaminhá-lo a um especialista diferente para uma segunda opinião.
Você pode sentir estresse ou esgotamento por viver com sintomas inexplicáveis. Se for esse o caso, converse com seu médico sobre se você pode ser encaminhado a um(a) psicóloga(o) para te ajudar a encontrar maneiras de lidar com essa incerteza.
E se eu não obtiver um diagnóstico?
Às vezes, é uma questão de observar e esperar para ver como os sintomas se desenvolvem, pois isso pode ajudar a distinguir a EM de outras possibilidades. Tudo isso pode ser muito frustrante e preocupante, mas é uma experiência bastante comum.
Se os seus profissionais de saúde não puderem te dar um diagnóstico no momento, você pode combinar os próximos passos com eles. Por exemplo, você pode concordar que uma consulta de acompanhamento ocorra em seis meses ou um ano, mas com a opção de entrar em contato mais cedo se tiver novos sintomas significativos ou se for mais gravemente afetado.
Será sua responsabilidade continuar pressionando por um diagnóstico, embora é importante reconhecer que isso nem sempre é simples e pode levar tempo.
Existem tratamentos para os meus sintomas?
É importante lembrar que alguns sintomas podem ser controlados antes que um diagnóstico completo seja feito. Converse com seu médico sobre o que pode ser feito para te ajudar a controlar os sintomas que está sentindo agora.
Fonte: MS Trust
Tradução e adaptação: Redação AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose
