Relação entre deficiência e massa cinzenta

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Estudos recentes sugerem que existe uma correlação entre a deficiência em pessoas com esclerose múltipla e os danos sofridos pela matéria cinzenta da medula espinhal, e não apenas na matéria branca, como se pensava até agora.
A esclerose múltipla tem sido considerada uma doença da matéria branca do cérebro, que é composta principalmente de axônios neuronais cobertos pela mielina. Recentemente, estudos de tecido coletado pós morte e de novas técnicas de imagiologia também sugerem que a EM ataca a matéria cinzenta (que contem menos mielina), primeiro no cérebro e em seguida na medula espinhal.
Esta é uma descoberta inesperada, que foi obtida usando uma nova técnica de imagem em um estudo transversal de 113 pessoas com EM progressiva e EM remitente-recorrente. A perda de tecido nesta matéria cinzenta na medula espinhal cervical mostrou a correlação mais forte da presença de alguma deficiência (Schlaeger et al ., 2014).

“Antes, tínhamos assumido que a atrofia da substância branca era mais importante”, disse o Dr. Roland Henry, da Universidade da Califórnia, e principal autor do estudo. Também surpreendeu o impacto relativamente menor do dano causado pela EM para a substância branca sobre a deficiência, incluindo as lesões.
Em linha com esse achado, um outro estudo publicado em 2014 também relatou que as alterações na massa cinzenta da medula espinhal em até 70% explicam as diferenças de incapacidade entre as pessoas com a síndrome clinicamente isolada, EMRR e EM progressiva (Malkki, 2014; Kearney et al, 2014).

 

 

Fonte: Avempo. Traduzido livremente. Imagem: Creative Commons.

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