Na última semana de dezembro a Anvisa aprovou mais uma medicação para Esclerose Múltipla no Brasil, o Plegridy.
O que é?
A betapeginterferona 1a (Plegridy) é um imunomodulador de aplicação subcutânea.
Qual a diferença desse para os outros interferons?
Essa é a primeira e única medicação para esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR) que apresenta a tecnologia de peguilação (PEG). O processo de peguilação oferece às pessoas que vivem com EM uma interferona com eficácia mais duradoura, além do perfil de segurança já bem estabelecido. A eficácia e a segurança do medicamento estão respaldadas por um dos maiores estudos pivotais com interferonas realizados com pessoas que vivem com EMRRi. Nesse estudo, foi comprovado que o Plegridy reduz significativamente a taxa de surtos, retarda a progressão da incapacidade e reduz o número de lesões cerebrais, ao mesmo tempo que demonstra um perfil de segurança bastante favorável.
O PEG já é usado na indústria cosmética, em medicamentos para tratar outras doenças e na produção de alimentos. No caso da betapeginterferona 1a, ele protege a molécula de interferona beta-1a, fazendo com que o organismo não reconheça essas moléculas como agentes estranhos. Graças a essa barreira, todo o processo que ocorre dentro do organismo (desde o momento em que o medicamento é aplicado até sua eliminação) fica mais lento. Esse processo garante que o medicamento permaneça por mais tempo no organismo e em decorrência de sua ação prolongada, o Plegridy requer apenas uma aplicação a cada 15 dias.
Além da eficácia e segurança comprovadas por um dos maiores estudos pivotais com interferonas realizados com pessoas que convivem com a EMRR[i], Plegridy auxilia muito na adesão ao tratamento por se tratar de apenas duas doses mensais. Isso significa que o paciente será beneficiado pela eficácia do tratamento e consequentemente pela melhoria de sua qualidade de vida.
Para quem é indicado?
O Plegridy já é aprovado nos Estados Unidos, na União Europeia, no Canadá, na Austrália e na Suíça e, agora, no Brasilii – onde o medicamento é indicado para o tratamento de pacientes adultos portadores de esclerose múltipla recorrente-remitente.
O Plegridy ainda não consta no rol de tratamentos fornecidos pelo SUS no Brasil, mas é mais uma alternativa de tratamento para as pessoas com Esclerose no país. Assim como os outros interferons, o Plegridy não cura a EM, mas ajuda no controle do avanço da doença.
Referências:
i Calabresi PA, et al.Pegylated interferon β-1a for relapsing
ii http://www.brasil.gov.br/saude/2016/12/anvisa-aprova-novo-remedio-para-esclerose-multipla
Fonte: Assessoria de Imprensa Biogen
A AME é uma Organização da Sociedade Civil independente. Acreditamos ser importante divulgar informações sobre todo o arsenal terapêutico para esclerose múltipla associado à medicina baseada em evidências. Ressaltamos que cada pessoa reage de uma forma à tratamentos e não existe “o melhor remédio”. O melhor remédio é aquele que você e seu médico escolhem baseado na sua necessidade individual e rotina. Sempre consulte seu médico antes de tomar qualquer medicamento.Fonte: Redação AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose