Neurite óptica e esclerose múltipla

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O que é?
Inflamação do nervo óptico (o nervo óptico é responsável pela transmissão da imagem captada pelo olho até o cérebro).

Como é diagnosticada?
Os pacientes geralmente se queixam de diminuição súbita da visão, caracterizada por embaçamento das imagens, mancha escura no centro do campo de visão, redução do brilho e desbotamento das cores.
Alguns pacientes podem apresentar dor ao movimentar os olhos.
O exame oftalmológico completo é fundamental para que se chegue ao diagnóstico correto.
Testes complementares como exame do campo visual e exame de imagem da cabeça (ressonância magnética) são comumente utilizados.

Neurite óptica e a esclerose múltipla (EM)
Aproximadamente 50 a 60% dos pacientes que apresentam neurite óptica desenvolvem EM ao longo do tempo.
O inverso também é verdadeiro, ou seja, aproximadamente 50 a 60% dos pacientes com EM apresentarão episódio(s) de neurite óptica durante a vida.
Outro dado importante é que, em 20% dos casos de EM, a primeira manifestação é a neurite óptica.

Tratamento
O tratamento do episódio de neurite óptica pode ser feito com pulsoterapia de corticóide (injeção endovenosa) seguido de corticóide via oral. Isso aumenta a velocidade de recuperação, mas não altera a capacidade visual final. Por isso, em alguns casos, aconselha-se apenas observação.
Uma vez estabelecido o diagnóstico de EM, o tratamento da própria EM com medicações adequadas (ex.: interferon, glatiramer) é fundamental para reduzir a quantidade e gravidade das complicações da doença.

Prognóstico
As chances de recuperação da visão após episódio de neurite óptica são boas.
Após a recuperação, muitos pacientes relatam redução permanente da percepção de contraste e das cores no olho afetado.
Além disso, alguns pacientes apresentam o chamado sinal de Uhthoff, que é caracterizado embaçamento da visão quando aumenta a temperatura do corpo (ex.: exercício, banho quente).
Aproximadamente 30% dos pacientes que já apresentaram neurite óptica terão outro episódio no mesmo olho ou no outro olho ao longo da vida.

Obs.: este texto tem caráter meramente informativo e não substitui, em nenhuma hipótese, a avaliação com médico especialista.

 

Fonte: Dr. Vinicius Saraiva, Oftalmologista – CRM-SP 97.303. Imagem: Creative Commons.

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