Por Telma
Quando se descobre que se tem um diagnóstico os MEDOS são ENORMES e as INCERTEZAS num futuro também.
A verdade é que ninguém controla o futuro mas todos fazemos planos para ele e temos garantido que mais de 80% vai correr como esperamos.
O pior é que provavelmente os outros 20% acabam por ser mais fortes e agressivos que os 80%.
Além de todas as novidades e de todas as alterações que sentimos no nosso corpo e na nossa alma ainda somos confrontados com o TRABALHO.
As questões:
Conto o que se passa comigo?
E depois vão mandar-me embora?
Vou deixar de ser produtivo?
O que é que eu vou fazer?
Se for para a rua como PAGO as contas, como sustento a FAMÍLIA?
Do que é que eu vou viver?
Esta é a realidade do maior MEDO, principalmente para quem não tem apoios, para quem tem filhos e para quem precisa do dinheiro para pôr comida na mesa porque a roupa… com alguma caridade ainda nos conseguimos ir vestindo.
Como é que as coisas deveriam ser?
Deveríamos ser claros na informação à entidade patronal e a mesma deveria compreender, apoiar, respeitar e disponibilizar meios para que consigamos ultrapassar esta fase, garantindo assim uma certa tranquilidade.
A tranquilidade que é URGENTE e NECESSÁRIA neste processo.
Mas… e quando somos números e não pessoas?
Como fazemos?
Arriscamos?
A verdade é que todas estas preocupações e aflições têm um IMPACTO BASTANTE NEGATIVO na nossa doença e no nosso futuro.
Por isso o que fazemos?
A verdade é que não podemos continuar com este MEDO e este SOFRIMENTO.
Temos de dar o corpo às balas e ter força para sofrer as consequências ou para sermos surpreendidos.