Esclerose Múltipla e Dor

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As síndromes de dor são comuns na EM. Em um estudo, 55% das pessoas com EM apresentaram "dor clinicamente significativa" em algum momento. Quase metade dessas pessoas foram perturbados pela dor crônica. Este estudo sugeriu que fatores como idade no início do diagnóstico, tempo de diagnóstico EM ou grau de incapacidade não interferiam para distinguir quem teria mais dor ou estariam livres dela. O estudo também indicou que duas vezes mais mulheres como homens experimentaram dor como parte da EM. Algumas dores podem ser sinais de um novo surto, por isso, toda alteração que cause dor ou sensação diferente no corpo deve ser relatado ao seu médico. Mas que tipos de dor as pessoas com EM relatam?

Dor aguda

Neuralgia do trigêmeo é uma dor de punhalada na face. Pode ocorrer como um sintoma inicial da EM. Embora possa ser confundida com dor de dente, esta dor é neuropática (causada por danos ao nervo trigêmeo) na origem. Normalmente, pode ser tratada com medicamentos como os anticonvulsivantes.

Sinal de Lhermite

O sinal de Lhermitte é uma breve sensação de choque elétrico, que corre da parte de trás da cabeça pela espinha, provocada ao dobrar o pescoço para a frente. Medicamentos, incluindo anticonvulsivantes, podem ser usados ​​para prevenir a dor.

Queimação, dor ou "cinturão" em torno do corpo (às vezes referido como o "abraço da EM")

São todos de origem neurológica. O nome técnico para essas dores é disestesias. Essas sensações dolorosas geralmente afetam as pernas e os pés, mas também podem afetar os braços e o tronco (como a sensação de constrição ao redor do abdômen ou região do tórax, conhecida como "MS Hug", “Abraço da EM”). Eles podem ser muito desconfortáveis ​​e muito dolorosos, mas não são perigosos ou necessariamente incapacitante, a menos que eles sejam graves o suficiente para interferir nas atividades de uma pessoa. As disestesias são frequentemente tratadas com a medicação anticonvulsivantes ou antidepressivos, que modificam o modo como o sistema nervoso central reage à dor. Outros tratamentos incluem o uso de meias  ou luvas de compressão, que podem converter a sensação de dor em pressão; Compressas quentes para a pele, que podem converter a sensação de dor em de calor; Outros medicamentos específicos para dor podem ser usados, sempre sob prescrição e supervisão do seu médico.

Tratamento da dor aguda

As dores agudas são, comumente tratadas com medicamentos específicos, como inibidores seletivos da recaptação de serotonina e norepinefrina (SSNRIs). Embora não seja especificamente aprovado para uso em EM, a sua eficácia na neuropatia diabética torna-o um candidato adequado para o tratamento da dor neuropática na EM, e muitos especialistas consideram esta uma boa opção de tratamento para as pessoas com EM.

Medicamentos já aprovados para dor neuropática de diabetes, fibromialgia e certos tipos de convulsões também são usados, embora não seja especificamente aprovado para uso em EM, por serem considerados uma boa opção de tratamento para pessoas com EM.

Dor crônica

Queimações ou sensação de agulhadas podem ser crônicas e/ou agudas.  Os tratamentos são os mesmos que para as disestesias agudas descritas acima.

Espasticidade

A dor da espasticidade tem suas próprias subcategorias. Espasmos musculares ou cãibras, chamados espasmos flexores, podem ocorrer. Os tratamento podem incluir medicamentos anti-espásticos ou anti-inflamatórios. Exercícios regulares de alongamento e equilíbrio, ingestão de água com sódio e potássio adequados também podem ser prescritos. A escassez de alguns nutrientes também podem piorar o quadro da espasticidade.

Aperto e dor nas articulações é outra manifestação de espasticidade, e geralmente responde bem aos tratamentos descritos acima.

Dor nas costas e outras dores músculo-esqueléticas

Na EM essas dores podem ter muitas causas, incluindo espasticidade. A pressão sobre o corpo causada pela imobilidade, o uso incorreto de auxiliares de mobilidade ou a luta para compensar os problemas de marcha e equilíbrio podem contribuir. Uma avaliação para identificar a origem da dor é essencial. O mais adequado é buscar um profissional da fisioterapia para manter um tratamento correto para a dor e para corrigir a causa dessa dor também.

Boa parte das dores na EM podem ser tratadas, mas não toda a dor que uma pessoa com EM sente é devido à esclerose múltipla. Qualquer que seja a fonte, a dor é um problema complexo que não deve ser ignorado. Muitos fatores podem contribuir, incluindo medo e preocupação. Uma clínica de dor multidisciplinar pode ser capaz de tratar dor crônica incapacitante com medicação em combinação com terapias alternativas como biofeedback, hipnose, yoga, meditação, quiropraxia, acupuntura e outros. As pessoas que permanecem ativas e mantêm atitudes positivas são muitas vezes capazes de reduzir o impacto da dor sobre sua qualidade de vida.

 

Texto original disponível em National MS Society (http://www.nationalmssociety.org/Symptoms-Diagnosis/MS-Symptoms/Pain#section-4)

Pesquisa completa em MS in Focus – Pain (http://www.nationalmssociety.org/NationalMSSociety/media/MSNationalFiles/Documents/MS-in-focus-10-Pain-English.pdf)

Traduzido por Redação AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose

National MS Society

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