Mais autonomia para a pessoa com deficiência.

Compartilhe este post

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no twitter

Essa semana trouxemos mais uma lista incrível de dicas para proporcionar autonomia e liberdade para a pessoa com deficiência, feita pelos parceiros do Blog Freedom, vem conferir?

Conquistar maior independência para realizar as tarefas do dia a dia é essencial para o desenvolvimento físico e psicológico da pessoa com deficiência. Porém, o sucesso dessa ação esbarra em uma série de questões, como a pouca oferta de locais acessíveis ou de vagas no mercado de trabalho, e o grau de comprometimento da mobilidade.

De toda forma, seja em maior ou menor grau, sempre é possível trabalhar na melhora da autonomia e na elevação da sensação de pertencimento ao meio em que vive. Para que isso possa acontecer de maneira satisfatória, familiares e amigos próximos desempenham um papel fundamental, já que oferecem não só suporte emocional, mas também estimulam a exploração de habilidades, a despeito das limitações, da pessoa com deficiência.

Outro fator que facilita o processo de desenvolvimento das competências são os recursos em tecnologia assistiva que o mercado apresenta, como softwares, aplicativos ou acessórios que maximizam o conforto. Siga a leitura e confira essas e outras dicas!

O papel da fisioterapia

Na fase de reabilitação intensiva, a fisioterapia ajuda as pessoas com deficiência a atingirem todo o seu potencial funcional, garantindo não só mais autonomia, como também aumento na qualidade de vida.

Em um primeiro momento, as atividades estimulam a reaprender suas tarefas diárias, como alimentar-se, vestir-se, cuidar da higiene pessoal, realizar transferências corporais, deslocar o peso para evitar ferimentos e manejar adequadamente a cadeira de rodas.

Com esse aprendizado, o indivíduo ganha mais autoconfiança, o que facilita a reinserção na sociedade. Além disso, em alguns casos, a fisioterapia atua na recuperação de movimentos motores e na melhora das funções vitais que possam sofrer comprometimento.

Atividades alternativas como a hidroterapia – também conhecida como fisioterapia aquática – proporcionam ainda relaxamento, atenuando algumas dores e promovendo melhorias na força e no condicionamento físico. Outro exemplo é a gameterapia, que usa a realidade virtual para promover a reabilitação motora de adultos e crianças de maneira lúdica.

Lembrando que o tratamento sempre deve ser recomendado por um médico especializado, que conheça a fundo o histórico do paciente.

Acessibilidade

Essencial para o alcance da autonomia, a acessibilidade ainda é um desafio para quem vive no Brasil. Embora o país conte com legislação sobre o tema, o cumprimento dos seus termos ainda é bastante complicado. O problema é visível em diversos locais, como prédios públicos, estabelecimentos comerciais e, principalmente, no transporte coletivo.

O fortalecimento de políticas inclusivas possibilitou uma melhora na questão da acessibilidade, já que estabeleceu normas que facilitam o acesso de pessoas com deficiência – como a obrigatoriedade de rampas e equipamentos de transporte vertical em locais públicos, onde houver escadas ou degraus.

Embora promover a inclusão seja uma obrigação governamental, você pode ajudar a aperfeiçoar programas de acessibilidade oferecendo a empresas privadas sugestões de projetos e ações que possam melhorar o seu cotidiano, além de cobrar e fiscalizar a atuação do poder público. Afinal, as mudanças começam por nós mesmos.

Outras medidas simples que contribuem significativamente para a melhora na qualidade de vida da pessoa com deficiência, são:

  • Instalação de pisos emborrachados;
  • Realocação dos móveis;
  • Investir no alargamento de portas e corredores, para permitir o livre acesso a todos os cômodos da residência – o ideal é que as portas tenham, no mínimo, 90 centímetros de largura e os corredores, 1 metro;
  • Instalação de barras de apoio nos banheiros e a remoção de objetos que possam dificultar a circulação;
  • Entre outras.

Capacitação profissional

Uma das formas mais efetivas de conquistar a independência é por meio da inserção das pessoas no mercado de trabalho. Desde a promulgação da Lei de Cotas, em 1991, as empresas são obrigadas a manter em seus quadros entre 2% e 5% de pessoas com algum tipo de deficiência, a depender do número total de funcionários.

Além de favorecer a diversidade, a medida facilitou o acesso de pessoas com deficiência ao mercado de trabalho. No entanto, apesar da abertura de vagas de emprego — provocada pela legislação, cujo cumprimento só começou a ser efetivamente fiscalizado quase 9 anos depois —, ainda há muito a ser feito.

Esse mercado, embora ainda bastante acanhado, pode se mostrar mais promissor se as pessoas investirem em seu aprimoramento profissional, tanto em cursos técnicos de menor duração quanto em cursos de graduação nas mais diversas áreas.

Em julho de 2015, a aprovação da lei 13.146, popularmente conhecida como Lei de Inclusão, também ajudou a ampliar os direitos das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Entre os avanços da legislação, está a proibição de qualquer discriminação às pessoas com deficiência, e a obrigatoriedade da inclusão escolar, que garante o atendimento de profissionais de apoio sem qualquer cobrança adicional.

Participar de oficinas que simulam o ambiente de trabalho e visam a inserção da pessoa com deficiência no mundo profissional, são uma boa dica para aumentar a autoconfiança e conquistar a vaga que tanto deseja. No Brasil, associações como a Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), sediada na Grande São Paulo, realizam um trabalho de desenvolvimento de competências para a inclusão nos ambientes profissionais e cursos de capacitação profissional.

Outra dica importante para quem está em busca de um emprego é procurar – junto aos sindicatos e associações de classe, ou até mesmo na Internet – por empresas que possuam mais de 100 funcionários e encaminhar seu currículo.

O esporte como fator de inclusão social

Uma outra maneira de aumentar a independência e facilitar a inclusão é por meio do esporte.

Além de auxiliar na conquista de autonomia, a prática de atividades esportivas adaptadas oferece uma série de benefícios, como a possibilidade de interagir com outras pessoas.

Esse tipo de contato ajuda na aceitação da condição e torna mais clara a percepção de que é possível ter uma vida independente e ativa. Com a autoestima fortalecida, fica mais fácil deixar de lado eventuais temores na realização de tarefas que a condição física já permite.

Entidades como a ADD (Associação Desportiva para deficientes) desenvolvem projetos de inclusão social por meio de práticas esportivas adaptadas, que vão desde programas de iniciação ao esporte até atividades voltadas a atletas de alto rendimento, que estimulam o praticante a alcançar seu máximo potencial em esportes como o basquete em cadeira de rodas e tênis de mesa, por exemplo.

Aplicativos e softwares

De acordo com pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, o uso de aplicativos e softwares promove uma melhora expressiva no processo de adaptação das pessoas com deficiência.

Como os avanços na área, atualmente existem no mercado uma série de programas, sites e aplicativos que facilitam muitas atividades. Vamos conhecer alguns deles?

BusAlert

BusAlert otimiza a utilização do transporte público. Por meio do aplicativo, é possível monitorar o tempo de espera até a chegada do próximo ônibus, o que facilita muito na hora de planejar o deslocamento. Além disso, o BusAlert também informa ao motorista se há algum passageiro com deficiência em um ponto próximo, visando que o embarque aconteça sem maiores imprevistos.

Guia de Rodas

Através de um mapa interativo, o Guia de Rodas ajuda a descobrir quando um estabelecimento é acessível para pessoas com dificuldades de locomoção. E sua atualização se dá pelos usuários.

Dividido em categorias como comida, hospedagem, vida noturna, diversão, saúde e compras, o Guia de Rodas classifica os endereços comerciais como acessíveis, parcialmente acessíveis ou não acessíveis. O que evita surpresas e permite que o usuário planeje suas atividades.

Headmouse

Além dos aplicativos, alguns softwares também ajudam a aumentar a autonomia. É o caso do Headmouse. Desenvolvido pela multinacional espanhola Indra e distribuído de maneira gratuita, o software permite o controle do cursor do mouse apenas com a movimentação da cabeça.

Essential Accessibility

Também gratuito, o browser Essential Accessibility foi criado no Canadá e permite que se acesse sites e redes sociais sem que haja necessidade de usar as mãos, o que aumenta a independência se houver comprometimento motor nos membros superiores.

Com o browser, pode-se encaixar o rosto na tela e comandar com movimentos de cabeça e por voz tanto o teclado virtual como o cursor, além de possibilitar ainda a transferência de textos para arquivos de áudio.

Tecnologias assistivas

Além dos aplicativos e softwares, a evolução da tecnologia assistiva também facilita a acessibilidade e a independência na realização de atividades cotidianas. O termo “tecnologia assistiva” é utilizado para designar qualquer tipo de recurso que ajude a aumentar as habilidades funcionais de pessoas com deficiência, garantindo mais autonomia.

Vamos conhecer um pouco mais sobre esses facilitadores e entender quais são os requisitos importantes na hora de decidir pela compra de cada um deles?

Cadeiras de rodas

Essencial para a independência na mobilidade, as cadeiras de rodas evoluíram muito nos últimos anos, o que possibilitou a criação de modelos que atendem às necessidades de pessoas dos mais diversos perfis.

Na hora de escolher um modelo manual ou motorizado, é interessante que se opte por um fabricante que ofereça diversas configurações para a montagem do produto, especialmente no que diz respeito ao encosto, à largura do assento e ao suporte dos pés.

Isso garantirá um modelo mais personalizado e adequado ao biótipo da usuário, o que certamente refletirá no conforto e qualidade de vida. Por esse mesmo motivo, é preferível evitar comprar uma cadeira usada, já que o modelo estará adaptado às necessidades do antigo usuário, o que pode inclusive ocasionar problemas na postura e na pele do novo dono.

De maneira geral, as cadeiras manuais, ou seja, impulsionadas pelo próprio usuário, são ideais se a pessoa tiver pouco ou nenhum comprometimento dos membros superiores. Ou ainda, se não puder se movimentar com a cadeira de forma autônoma, a locomoção pode ser feita com a assistência de um cuidador.

Já as cadeiras motorizadas permitem que a pessoa se desloque sem realizar qualquer tipo de esforço, sendo ideais em caso de comprometimento severo dos membros superiores. Elas também são úteis para atividades cotidianas que exigem deslocamentos maiores.

Elevadores individuais

Além das cadeiras de rodas, os elevadores individuais também desempenham um papel importante na acessibilidade. Projetados para oferecer maior segurança, tanto para o usuário como para o cuidador, eles facilitam a transferência para a cama, cadeira de rodas e ambientes adaptados. Em alguns casos, ele permite até que o indivíduo fique ereto.

Na hora de comprar, é preciso ter atenção ao modelo, pois ele deve atender ao perfil do usuário e possuir boa autonomia. É interessante também apostar em modelos que permitam variar a regulagem e alterar a abertura da base. Outro fato que pode ser observado, por exemplo, é se o equipamento é homologado para o transporte aéreo, o que facilitará seu transporte em viagens.

Almofadas

Outro produto que propicia melhorias na qualidade de vida é a almofada. Ela ajuda a reduzir a incidência de problemas comuns em pessoas que passam muitas horas sentadas, como escaras — ferimento que, se não tratado de maneira adequada, pode trazer maiores complicações à saúde.

O ideal é escolher um modelo ergonômico, evitando os macios demais, que podem comprometer a postura e equilíbrio e não fornecer a proteção adequada ao corpo.

É preciso estar atento também ao material em que a almofada é confeccionada. De preferência, escolher os modelos que são fabricados com material que absorve o suor, evitando o acúmulo de fungos e bactérias e afastando o risco de infecções na pele.

Na hora da compra, é importante levar em conta, ainda, o tamanho da almofada. Evitar as muito grandes e procurar um modelo que encaixe no assento da cadeira de rodas de forma correta. Escolher almofadas altas demais podem afetar a postura, e as muito compridas podem provocar uma pressão na parte posterior das pernas e causar ferimentos na pele.

Fonte: Blog Freedom – http://bit.ly/2RQiW47

Explore mais