A importância de uma atitude positiva frente a EM

Compartilhe este post

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no twitter

Até o momento, poucos estudos têm relatado sobre o papel da personalidade na qualidade de vida das pessoas com esclerose múltipla (EM).

Foram publicados os resultados de um estudo que é o primeiro a investigar como os traços de personalidade de uma pessoa com EM podem influenciar em sua qualidade de vida.

Hans Eysenck (psicólogo comportamental, especializado no estudo da personalidade) define personalidade baseado em três características distintas: comportamento, pensamento e emoções.

Os traços de personalidade podem desempenhar um papel importante na evolução da esclerose múltipla de formas diferentes, por exemplo na disposição do paciente para optar por tratamentos mais arriscados.

Por outro lado, traços de personalidade podem determinar o aparecimento de distúrbios neuropsiquiátricos em pessoas com esclerose múltipla como ansiedade e depressão. Os aspectos psicológicos podem afetar as fases de enfrentamento que aparecem no decorrer da doença.

O objetivo deste estudo foi investigar o impacto das três dimensões de personalidade de Eysenck na qualidade de vida das pessoas com esclerose múltipla, que são:

Extroversão: Pessoas com tendência a se relacionar com os outros e mostrar abertamente seus sentimentos.

Neuroticismo: aqueles que tendem a estar em um estado constante de preocupação e tensão, instabilidade ou insegurança emocional, ansiedade elevada, propenso a culpa e, em geral, está ligada a sintomas psicossomáticos (ou expressão física de seu nível de ansiedade com sintomas que não são justificadas por qualquer doença orgânica: desmaios, calor, frio, falta de ar, palpitações, etc.).

Psicoticismo: ou tendência a um comportamento impulsivo, agressividade e baixa empatia. Eles são frios, egocêntricos e para estas pessoas ele ou ela é o centro de tudo, não conseguem se colocar no lugar dos outros.

Os traços da personalidade de uma pessoa com EM podem afetar especialmente a qualidade de vida relacionada à saúde.

Mais especificamente, com a ansiedade, a introversão e o aumento do neuroticismo, as pessoas tendem a ter uma pior percepção da qualidade de vida, tanto física como mentalmente, com dores no corpo, falta de vitalidade e piora no envolvimento social.

Tem sido demonstrado que a neurose ou o estado de preocupação constante, é significativamente associado com depressão e a ansiedade em pessoas com esclerose múltipla. A instabilidade emocional destas pessoas pode ser agravada, provavelmente, pelo curso imprevisível da doença. Mas essa atitude pode levar a uma pior qualidade de vida, tanto física quanto mentalmente.

Pessoas extrovertidas são mais propensas a expressar os seus sentimentos e compartilhar com os outros, são pessoas que aceitam a mudança e são naturalmente mais otimistas, mas também impulsivas. Extroversão pode levar à percepção de uma melhor qualidade de vida devido a uma abordagem mais positiva da doença.

Os extrovertidos tendem a usar estratégias positivas de enfrentamento em situações estressantes. Além disso, os extrovertidos tendem a ter uma melhor rede social e tendem a ser cercados por pessoas que oferecem apoio.

Os dados deste estudo confirmam que a percepção da qualidade de vida em relação à sua saúde em pessoas com EM, depende em grande parte de sua personalidade.

Fonte: https://www.in-pacient.es – 22/10/2015. Traduzido livremente. Imagem: Creative Commons.

Explore mais