Compartilhe este post

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no twitter

Um assunto que está muito “na moda” é o distanciamento social ou isolamento social devido à pandemia. A recomendação oficial é o distanciamento, ou seja, evitar sair à rua sem necessidade. Se precisar sair, usar máscaras e manter uma distância segura das outras pessoas. Apesar disso, eu estou em isolamento, não saio a rua há mais de 60 dias.

Mesmo que seja para proteção de todos, é um assunto que incomoda muito as pessoas. Uma dificuldade enorme de entender que devemos nos manter distantes agora, afim de que posteriormente possamos nos abraçar. Um sacrifício sim, mas nem tão difícil em nome da saúde de todos.

Como eu me sinto

Pois para mim, esse isolamento nem é novidade. A única diferença agora é a necessidade. A esclerose múltipla desde sempre, me impôs certo isolamento. Falei sobre isso AQUI, em 2015. Por vezes, mesmo tendo pessoas em minha volta, eu me sinto terrivelmente só, fazendo com que eu me isole ainda mais. É um sentimento de desolação e desesperança quase sufocante.

Quando vejo as pessoas reclamando desse isolamento temporário, ou pior, burlando, ignorando os riscos pra si mesmo e para os outros, fazendo festinhas, indo beber em bando, se reunindo nas praças, fazendo rodinha de chimarrão, eu fico aqui pensando na falta de empatia que essas pessoas têm com quem está, voluntariamente, se cuidando.

Um puxão de orelha

Caramba! Estamos vivendo um momento de exceção. Uma pandemia mundial, um vírus que não é tão potencialmente letal, mas que se alastra com muita rapidez e por isso se torna letal, porque põe em colapso o sistema de saúde e o atendimento médico necessário. Não é VOCÊ que está sofrendo, é o mundo todo! Ok, você não precisa achar bom ficar isolado dos outros, ou ficar sem ir à balada ou academia, até mesmo de não poder trabalhar, mas aceite o sacrifício neste momento. Sobreviva, mantenha sua família saudável. Depois a gente recupera o tempo perdido. Vai dar trabalho, vai ter coisas que não seremos capazes de recuperar. Mas entre perder coisas e pessoas, prefiro perder as coisas.

Não quero vir aqui dar conselhos. Cada um sabe de si. E isso é válido. O que eu gostaria de pedir às pessoas é que, antes de descumprirem o distanciamento social por rebeldia, pensem nos outros um pouquinho. Antes de se perguntarem “porque eu tenho que fazer esse sacrifício?” se perguntem “porque eu não posso também me sacrificar um pouco?” afinal, alecrim dourado, o que te faz pensar que é melhor que todo mundo?

Explore mais

Ativismo e Direitos

Entenda novo PCDT de Esclerose Múltipla

O Governo Federal lançou uma consulta pública para a nova proposta de PCDT (Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas) de Esclerose Múltipla, na plataforma Participa +