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Tive o diagnóstico no dia 18/12/2023, às 08:28 da manhã. Você está prestes a ler o relato de Lucy Braga. Boa leitura!

Durante o ano de 2023, tive muitos sintomas, como dormências no braço direito – foi bem no comecinho do ano, mas depois passou. Dois dias antes do carnaval, comecei a sentir a mesma dormência na perna direita, então lembrei que já tinha tido esse sintoma antes e tinha passado. Então, eu ficava torcendo para passar logo e passava após 3 ou 4 semanas.

Em junho, tinha uma viagem para fazer em família. Nós pegamos um avião e cheguei ao meu destino com as duas pernas bem dormentes. Voltei depois de 16 dias também com as pernas dormentes, lembrei das outras vezes que estava ruim e sempre passava… Porém, dessa vez demorou bem mais, mas ainda assim eu achava que não era nada demais e já já iria passar…

Como demorou, fiz algumas massagens nas costas, até porque a dormência já estava subindo para a barriga. Mas nada passava. Então, acho que um mês depois melhorou. No entanto, eu já comecei a me sentir bem mais cansada, meu xixi saía com bastante facilidade e precisava sempre andar com protetor. Achei estranho, mas acreditei ser normal até então.

O diagnóstico veio já em dezembro de 2023…

Senti a dormência no rosto, na parte esquerda, além de uma coceira irritante na cabeça e uma queimação uma vista embaçada bem estranha. Aí procurei o neurologista, que me passou uma ressonância magnética. O laudo então saiu dia 18/12, com um total de 10 lesões – quatro na cabeça e seis na medula.

A partir disso, iniciei minha pulsoterapia. Com a doença, veio a ansiedade, a depressão e também a sequela do lado esquerdo. Hoje, não consigo nem subir escada direito porque não tenho forças.

Hoje, faço tratamento no Hospital Regional de Fortaleza com uma equipe fantástica, além de tratamento psiquiátrico e psicológico. O meu primeiro surto após a medicação aconteceu em 20/05/2024. A cada dia, aprendo mais e mais com a doença, mas ainda tento aceitá-la, porque eu tenho a certeza que vou acordar e saber que amanhã estarei bem, sem sequelas e sem lesões. Ou seja, ainda tento restabelecer a fé e a vontade de viver dentro das limitações da esclerose múltipla. 

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