A Síndrome das pernas inquietas (SPI) é um distúrbio sensorial-motor relacionado ao sono caracterizado por um desejo incontrolável de mover as pernas durante o repouso. O movimento total ou parcialmente alivia a sensação desagradável durante um curto período de tempo.
Estudos anteriores apoiaram fortemente as evidências de que pacientes com EM têm um maior risco de distúrbios do sono e não são diagnosticados. Uma das causas de distúrbios do sono na EM é a síndrome das pernas inquietas, juntamente com a insônia e a apneia do sono (distúrbios respiratórios durante o sono).
A frequência com que a síndrome das pernas inquietas ocorre em pessoas com esclerose múltipla varia entre 13% e 65%, mais do que o que aparece na população em geral. As pessoas com síndrome das pernas inquietas e EM podem vivenciar com mais intensidade os sintomas da EM em comparação com aqueles que tem EM e não têm a síndrome.
O significado clínico da aparência da síndrome na EM permanece desconhecido, mas o que se sabe é que afeta de forma adversa a qualidade de vida desses pacientes, uma vez que é uma das razões pelas quais os pacientes têm distúrbios do sono eles não descansam bem e podem aumentar a fadiga na vida cotidiana.
A causa da ocorrência de SPI não é conhecida, e ainda não existem dados sobre a eficácia dos tratamentos específicos para SPI na EM. A deficiência de ferro e inflamação crônica podem ser fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome das pernas inquietas na EM.
Mais estudos são necessários para investigar a relação entre o curso e tratamento de EM e síndrome das pernas inquietas.
Conclusões
A presença de SPI tem um impacto negativo sobre a qualidade do sono e fadiga em pessoas com EM.
Estes resultados justificam mais atenção a problemas de sono nesta população, especialmente tendo em conta que a fadiga é um dos sintomas mais comuns e incapacitantes da EM.
Uma boa qualidade do repouso (sono) para pessoas com EM é vital para manter a atividade no dia seguinte e combater a fadiga causada pela própria doença.
https://www.in-pacient.es – 09/06/2015. Traduzido livremente. Imagem: Creative Commons.