Poderia ser pior? Você está prestes a ler o relato de diagnóstico de Juliana de Oliveira. Boa leitura!
Há um ano, uma dormência insistente nas pernas me levou ao pronto-socorro… Lá, me encaminharam para o psiquiatra sob a suspeita de ser algo emocional. Mas, não satisfeita, voltei à emergência, onde passei por uma tomografia.
O exame acusou um tumor no sacro que estaria sendo o possível causador da dormência. Então, fui encaminhada para cirurgia, retirei o tumor (que, graças a Deus, era benigno). Durante os exames de RM, preparatórios para a cirurgia, um radiologista chamou atenção para as lesões de características desmielizantes na minha medula. Porém, naquele momento, o foco era o tumor.
Quando tive alta, ele só me orientou a procurar um neurologista para avaliar melhor essas lesões. Choques na minha coluna começaram a surgir, mas, naquela ocasião, tudo que eu sentia era automaticamente relacionado à cirurgia que foi de recuperação delicada. Porém, fiquei com aquela “pulguinha atrás da orelha” com a fala do radiologista e fui procurar um médico.
Eis que, em junho de 2023 , depois de novas RM e pulsão, meu diagnóstico foi confirmado. De acordo com meu médico (que é referência no assunto), talvez minha dormência fosse um surto e não do tumor. Mas, eu prefiro agradecer ao tumor por ter me feito esse “chamado” de forma precoce.
Minha avó morreu com esclerose múltipla aos 41 anos. Ela descobriu tardiamente e, naquela época, não tinham os tratamentos que temos. O meu tratamento, por exemplo, é com o Kesimpta.
Tenho, como sequela, bexiga neurogênica – além de constantes desequilíbrios, mas só! Sempre penso que poderia ser pior!