Passos em direção à liberdade

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Quando a gente fala sobre saúde mental, acho que meu coração até acelera. Sem dúvida, esse foi o aspecto que mais dediquei esforços a mudar desde o diagnóstico de EM. E certeza que o que mais sinto diferença.

Com o diagnóstico eu senti uma enorme necessidade de pedir ajuda. O primeiro momento não é fácil, requer paciência e muita atenção. Comecei a me cuidar com terapia e ter um dia na semana pra olhar pra mim, organizar meus pensamentos e ser acolhida, fez total diferença no meu processo de aceitação. Eu demorei seis meses pra admitir isso, mas foi o suficiente pra eu entender que sozinha eu não ia conseguir grandes avanços. 

Mesmo com a terapia, ainda sentia que precisava de mais, porque precisei me libertar de alguns preconceitos que eu tinha relacionados a cuidados com a saúde mental. Eu fui ensinada, como grande parte de vocês, creio eu, que olhar pra si nesse aspecto é frescura ou falta do que fazer.

Me abrir ao tratamento psiquiátrico foi mais um passo que dei em direção a liberdade. Aceitar medicação melhorou 200% minha qualidade de vida e entender que algumas coisas em mim estavam funcionando de forma errada, não por falta de força de vontade, mas sim porque eu estava doente, foi a grande virada de chave. 

Eu estava tão acostumada a viver aquela vida mais ou menos, me escondendo atrás dos meus próprios preconceitos, que quando senti os primeiros efeitos positivos da medicação, nem acreditei. 

Dormir bem sempre foi uma questão pra mim. Eu sempre dormi muito, mas mal, o que me fazia estar sempre cansada e com necessidade de dormir ainda mais. 

Hoje, além da medicação pra dormir, uso técnicas pra melhorar minhas noites. Higiene do sono e meditação ajudam muito se houver constância. Tudo é prática no auto-cuidado. E mesmo que seja pra dormir, a gente precisa ter paciência e se olhar com carinho, porque isso também faz parte de uma boa saúde mental.

Um grande beijo! Durmam bem!

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