Por Jucielma
Oi, pessoal!
Este texto é especialmente para você, que acabou de receber o diagnóstico e tem buscado algumas motivações para se (re)encontrar. Eu não sei se você já ouviu falar em um filme sobre um homem que recebe o diagnóstico da esclerosinha e sente-se completamente perdido ( que coincidência, não?!). O filme chama-se 100 metros, você acha no YouTube mesmo.
Assisti esse filme há pouco tempo e ele traz reflexões valiosas sobre como lidar com o diagnóstico e as mudanças impostas. Uma analogia é feita por um personagem e a achei muito preciosa: a doença é como uma péssima parceira de dança; você só precisa estar atento, o tempo todo, para que ela não pise em seus pés.
É uma forma positiva de encarar a doença mas é preciso ter cuidado e trabalhar para que esse “estar atento” não se torne algo tenso e martirizante. Eu já falei no texto anterior sobre como é essencial ressignificar a vida com cautela, paciência e auto cuidado. Mas o que quero falar hoje é mais específico: sobre esta escolha de ressignificar, ou não.
Olha, não é à toa que a Esclerosinha é chamada de doença de mil caras. Ela é muito imprevisível, tem comportamento diferente em cada portador e nunca se sabe quando e como ela dará o ar da graça. Ela nos olha no fundo do olho e nos convida a nos despir de falsas impressões de planejamentos, controles e previsibilidades.
Mas, olha, ela pode salvar tua vida, tua rotina, tuas relações, teu caminhar na vida… Se pergunta: porque está fazendo o que está fazendo? Você está mesmo feliz? Ou está acomodadx? Você tem priorizado o que realmente importa? Ou vive no modo automático?
O que eu quero que você reflita é sobre as possibilidades positivas nesse novo universo. E que você compreenda, no seu tempo e ao seu modo, que esse diagnóstico não define sua identidade, muito menos tua vida. Aquele relacionamento que não deu certo, aquele resfriado que apareceu, aquela dor que sentiu no meio do trabalho… nem tudo é culpa da esclerosinha.
Faça dela sua amiga, mesmo que desastrada e inconveniente, respeita-a e não a subestime. Eu finalizo insistindo no convite para assistir tal filme. Desafie-se a superar o seu máximo, o seu limite, o que você considera o seu melhor. A imprevisibilidade da vida parece mais concreta diante da esclerosinha, mas, acredite: ela sempre foi imprevisível e a você cabe fazer uma escolha.
O que parece ser uma tragédia, pode ser a tua salvação. E aí, vai se lamentar ou desafiar-se ?
Um beijo no coração ☺