A fadiga e o cansaço são dois dos sintomas mais comuns em pessoas com esclerose múltipla. 86% das pessoas com EM afirmam sentir fadiga frequentemente.
Nosso corpo é como a bateria de celular, às vezes se descarrega e precisa de um tempo para voltar a 100%. Uma maneira de nos recarregar é tirar uma soneca. Vários livros e estudos têm mostrado os efeitos de fazer uma pequena pausa durante o dia.
Os efeitos de tirar uma soneca em pessoas com esclerose múltipla
Dependendo do tempo que dedicamos a fechar os olhos, a soneca pode ter diferentes efeitos em nosso organismo.
A autora do livro “Take a Nap! Change Your Life”, Sara C. Mednick, explica que tirar uma soneca de 20 minutos é benéfico para melhorar certas habilidades motoras, como, por exemplo, tocar piano. Além disso, descansar por mais de 20 minutos pode estimular a criatividade e a memória.
Quando a soneca se estende por mais de uma hora, o cérebro pode criar novas conexões. De fato, um estudo do professor de psiquiatria da Harvard Medical School, Robert Stickgold, mostrou que pessoas que atingem a fase REM durante a soneca (fase do sono com alta atividade cerebral) precisam de menos tempo para fazer associações de ideias. Por outro lado, vários especialistas afirmam que não é recomendável ultrapassar os 30 minutos, pois isso altera o ciclo natural do sono noturno, tornando mais difícil adormecer à noite.
Outras pesquisas encontraram relações entre a prática da soneca e a redução do estresse e do desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Dicas para aproveitar os benefícios de uma soneca
Para que uma soneca nos traga efeitos benéficos, é recomendável seguir os seguintes conselhos:
- Estabelecer um horário específico para dedicar-se ao descanso. Por exemplo, pode ser após o almoço, já que é o período com maior sonolência.
- Não tirar sonecas de mais de 30 minutos, pois podem alterar o ciclo do sono noturno.
- Descansar em um ambiente escuro: a luz pode dificultar o adormecimento.
- Garantir uma temperatura agradável: cobrir-se com um cobertor ou lençol para regular a temperatura corporal.
Original publicado em FEM – Fundació Esclerosi Múltiple
Traduzido e adaptado por Redação AME