Oi amigos, espero que estejam bem, aguentando firme essa primavera calorenta!!!
Pensando na pesquisa da MS International Federation sobre emprego e EM resolvi contar a minha história e os tropeços que a vida nos dá.
Sou professora readaptada do Estado de São Paulo, com a readaptação, que culmina na mudança de função do servidor, pude voltar a trabalhar por mais dois anos sem interrupções.
Saí da sala de aula e fui exercer um serviço no setor administrativo da secretaria de educação.
A nova função era muito mais tranquila, me exigia uma carga horária menor e eu conseguia trabalhar e viver ao mesmo tempo.
Digo isso, porque nos últimos meses em que trabalhei, apenas trabalhei. Minha vida ficou de lado, inclusive a saúde.
Vou explicar, no ano passado houve uma mudança na minha carga horária e precisei cumprir oito horas, foi uma diferença avassaladora em minha vida. Comecei a sentir que minha energia terminava mesmo antes das seis horas acostumada e literalmente passava mal. Claro que a única pessoa que sabia o que estava acontecendo era minha amiga de sala, que via no meu rosto que a coisa não estava boa.
Bem, todos os médicos mandaram eu me afastar inclusive o perito, porque com a fadiga que sentimos, ele disse uma hora você vai ter que se afastar para descansar.
As condições de trabalho para quem tem EM e outras doenças deveriam ser revistas, porque como você vai viver só para trabalhar?
No meu caso, tenho família que visito regularmente, estudo línguas e não posso parar com a academia.
Eu não estava conseguindo fazer meus exercícios físicos, tranquei o francês e estava ausente da família.
Na época, tive um surto aonde os músculos da minha perna ficaram fracos e um distúrbio de vestibular, que provocava fortes tonturas com a sensação de que os objetos estavam se mexendo.
É muito difícil, as pessoas que trabalham com você e te veem vivendo, não entendem o que se passa. Isso eu até entendo, porém o outro deve respeitar e compreender o que não entende, não julgar. A cada mês que retorno para remarcar uma licença, sou obrigada a encarar os olhares dos curiosos, daqueles que te perguntam como você está? Esperando uma resposta negativa, ou daqueles que pensam que você é muito preguiçosa por isso não quer trabalhar.
Bem amigos, confesso que pra essas pessoas eu nem estou!!!
Aprendi um provérbio que adoro: Se a vida lhe der limões, faça uma caipirinha, porque limonada é muito sem graça!
E com esses limões, comecei a fazer aula de piano. Um sonho muito antigo, que havia deixado de lado. Voltei pro curso de francês e para o Pilates. Iniciei um curso de teatro e canto, que eram sonhos de adolescente, estou amando minha nova vida!!!
Eu espero, que em um breve futuro possamos trabalhar com aquilo que queremos, estudamos, gostamos, sem nos desgastarmos por inteiro.
Hoje em dia, se pudesse dar menos aulas e a situação das escolas públicas fossem outra, eu me arriscaria em voltar a sala de aula, sinto falta de compartilhar cultura e a ser oradora….rs
Por isso peço encarecidamente a todos que ainda não responderam a pesquisa MS International Federation, que respondam https://www.surveymonkey.com/r/Q93RC7F
Um ótimo fim de semana, até o próximo post.
Mil beijinhos…