Como a EM me levou à Medicina do Esporte

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Minha vida mudou, total e completamente, após a EM. A doença (meu limão) me permitiu produzir a mais doce e suculenta limonada, que jamais imaginei. Definitivamente veio para transformar minha vida, para melhor.

O diagnóstico e os subsequentes surtos me trouxeram uma paixão incrível pela vida, por mim mesma. Passei a ter muito mais critério com minhas escolhas. Aprendi a ouvir meu corpo e meu coração. Esse encontro conosco e essa atenção que passei a ter comigo foram me apresentando uma nova Christiane.

Da então urgente necessidade de viver “enquanto havia tempo”; pensava em na época; veio o encontro com a atividade física. Com o passar dos dias e a progressiva sensação de prazer e bem estar que o exercício me proporcionava, fui me dedicando mais do meu tempo para mim e fui deixando de lado as questões que finalmente conseguia perceber que me faziam mal. E a atividade passou para exercício que passou para esporte que passou a fazer parte de minha vida completamente, tanto no âmbito pessoal como profissional.

Sou médica, sabe, anestesista; uma especialidade cartesiana, imediatista; amo minha profissão, mas parece que a EM chegou trazendo novos planos para mim…

Conforme fui vendo a transformação de minha vida e de minha saúde para melhor passei a medicar ao estudo do exercício em nosso corpo. Infelizmente, mesmo sendo formada há pouco mais de 15 anos eu não fazia idéia do bem que o exercício físico tinha no tratamento medico e na prevenção das doenças. Com esse “mergulho” num novo tema encontrei a  MEDICINA DO ESPORTE. Como sempre questionei muito os “por quês” de tudo, passei a pesquisar se realmente havia a possibilidade da minha melhora clínica da EM ter relação com o exercício.

Eureca!

Aprendi que o exercício é crucial para a melhor qualidade de vida de todos os pacientes com EM, independente do estagio da doença; claro… cada um fazendo a atividade respeitando seu limite e ajustando às suas necesssidades.

E sobre o efeito da prática do esporte na progressão da minha doença?

Para mim sou convicta em dizer que só me trouxe ganho. Pude ultrapassar os limites da doença, mas principalmente os meus próprios. Antes de ficar doente não era capaz de corer nem 200m, mesmo tendo chegado a ter limitações da marcha fui me forçando… assim como todos os sedentários precisam fazer… e consegui passar a correr… lento, ok, mas consegui me encantar pelas meias maratonas ou seja, passei a correr 21km sem parar! Eu, uma sedentária “esclerosada”… Percebi então que os limites nós mesmo nos impomos e suplantá-los sera tão somente dependente de nós, mas se tivermos ajuda de amigos fica ainda melhor!

Tenho me arriscado mais a viver plenamente com EM e qualquer um que pense em me dissuadir disso… convido a uma corridinha…"        

E o encontro com a Medicina do Esporte?

Como paciente nunca me imaginei precisando de um médico para me avaliar para fazer alguma atividade física. Bem, na verdade,… mesmo sendo médica assumo que só ia a medicos quando estava doente, salvo minha ginecologista. Assim, ter esse contato com a Medicina do Esporte foi um grande ganho pessoal e profissional. Mudei meus paradigmas e só ganhei. 

Passei a adotar os cuidados preventivos, que a Medicina do Esporte tanto defende, para minha saúde. Me permiti entender que prvinir realmente é muito melhor que remediar, mas não obrigatoriamente mais fácil. A Medicina do Esporte olha o indivíduo, cuidando para que as funções sistêmicas, ortopédicas e psicológicas estejam sempre em harmonia. Essa especialidade entende que em todas as fases de nossa vida estaremos movimentando nosso corpo, mas em cada momento com uma peculiaridade diferente.

Com essa caracterísitica de previnir buscamos eliminar possíveis alterações cardiológicas que poderiam demandar maiores cuidados na prática de atividades físicas. Com o mesmo cuidado olhamos as funções das glândulas do corpo monitorando suas funções durante todas as fases de treino assim permitindo o diagnóstico precoce de disfunções hormonais ou mesmo auxiliando nesse aspecto duarnte nosso natural envelhecimento. Quem tem EM sabe bem sobre o corticóide e sobre o “açúcar e a pressão subindo” durante as pulsoterapias… tá aí uma boa hora para ficarmos de olho em suas glândulas.

A Medicina do Esporte está atenta à mais adequada  escolha de exercício físico para cada paciente e cuida para que sejam executadas com o cuidado e dose necessária para que não causem revéz em sua saúde.

Resumindo: A EM me conduziu à Medicina do Esporte e essa por sua vez me ensinou como médica e como paciente o ganho de sermos cuidados continuamente. Além disso há a felicidade de estarmos nos cuidando por prazer e não pela necessidade que nos faz ir ao neurologistas… o meu é meu amigo, mas prefiro encontrá-lo quando não estou sendo consultada.

Então, minha sugestão para vocês é: invista em sua saúde previnindo e utilizando do mais prazeiroso remédio do mundo- O EXERCÍCIO! Esqueça idade ou limites, o Médico do Esporte capacitado fornecerá seu melhor remédio, ajustado ao seu gosto, às suas caracerísticas e programado na dose e intensidade correta você. Bons treinos e vida plena com EM, mantendo-se EM Movimento!

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