Hello people!
É ano novo gente!
Ontem foi meu níver, passei um dia tranquilo, em casa com as crianças, recebi umas visitas, mas não fiz nada especial pra comemorar.
Completei 46 anos. E isso é MUITO!
Nunca tive neuroses quanto a dizer e/ou demonstrar minha idade, não tenho medo de envelhecer. Encaro esse processo como natural, apesar de não gostar nenhum pouco dos efeitos da idade no meu corpo.
Há tempo que á percebi que esse carcaça que me reveste, não sou eu, não é minha essência, não diz quem eu sou. É só uma casca, uma embalagem. Já cansei de comprar frutas no mercado com a aparência externa linda, lisinha, perfeita e ao cortar descobrir que estava podre por dentro. Eu prefiro estar “podre” por fora.
Meu corpo sofre os efeitos do tempo, mas também os efeitos de um tempo desregrado. Não me alimento adequadamente, fui fumante por mais de 30 anos, sou obesa e pratico pouco exercício por conta da fadiga da EM. E ainda tem a EM, que tratou de estragar o que ainda tava bom.
Minha maior preocupação no entanto, é com o envelhecimento da minha mente e da minha alma. E nesse aspecto, acho que me mantenho bem jovem. Se ter filhos ajuda a envelhecer o corpo, também ajuda muito a manter a mente jovem. É necessário se manter atualizada para poder conversar com eles, compreende-los e orientá-los. Não é uma tarefa fácil, os tempos mudam, muitos conceitos também, o choque de gerações é inevitável, mas a gente se esforça pra se manter no mesmo nível deles e só esse esforço á é suficiente.
Eu ainda me sinto muito jovem. Me sinto uma menina, que acumulou muita experiência; Nesse quesito aliás, acho que já vivi uns 90 anos.
Mas nem toda a experiência de vida, evita que eu ainda me surpreenda com as coisas, nem impede que eu aprenda ou queira aprender coisas novas.
Então é isso: tô ficando velha. Mas só nos documentos e na carcaça. Minha alma continua juvenil, curiosa, cheia de vida. Feliz ano novo pra mim, que esse ciclo que se inicia traga muitas coisas boas!