Eu sou a chata reclamona do tempo.
Se tá calor eu reclamo, se tá frio reclamo mais ainda. Reclamar não muda nada, mas desopila o fígado.
É que para alguns sintomas as condições climáticas interferem muito, pelo menos para mim.
Temperaturas extremas são péssimas. O calor, acima dos 23 graus, aumenta muito sensações de formigamento e dormências. Todo movimento que se faz, por menor que seja, causa o triplo do desgaste físico de uma pessoa sem áreas de perda de mielina, portanto o triplo do cansaço e crises de fadiga. A pessoa fica lenta, molenga e eternamente fadigada.
O frio, quando extremo, enrijece as articulações, aumenta sensações de dor, espasticidades. A pessoa fica dura e cheia de dores. Até pensar dói.
Agora, se tem algo que piora muito qualquer coisa, é a umidade extrema. Associada ao calor deixa o ar ainda mais abafado, pesado, difícil até pra respirar. Associada ao frio piora ainda mais as dores.
Ainda tem a sequencia de dias cinzentos. Dias de chuva ou frio intenso, sem sol, com o céu coberto de nuvens. Isso afeta significativamente o humor, favorece a depressão.
Morando no sul, tendo a umidade alta como uma constante e com temperaturas malucas altas ou baixas sempre além da conta, não tenho como ficar satisfeita.
E eu preciso reclamar! Sei que não resolve que nada vai mudar, mas se eu não reclamar fico ainda mais chata, insuportável. Então eu reclamo, resmungo, esbravejo. Depois sigo a vida porque não há o que fazer.
Então, se você me ouvir reclamar do calor, do frio ou do excesso de chuva, por mais chato que isso seja, saiba que é a maneira que eu encontrei para ser um pouco menos chata no resto do tempo!
E você, como reage ao clima?