A angústia de viver com a invisibilidade de uma doença degenerativa, crônica e autoimune como a Esclerose Múltipla me faz refletir sobre a conscientização mais profunda e detalhada junto aos nossos pares de patologia. Tudo isso pensado em razão dos transtornos causados pela doença. Em muitas ocasiões, estes “transtornos” não conseguem comprovar o que é ser uma Pessoa Com Deficiência.
Então, hoje, no Dia Internacional da PCD, abro portas para justificar o que nem precisava, mas torna-se necessário. Sou monocular, perdi a visão do olho esquerdo no primeiro surto. Essa é uma sequela permanente e irreversível. Ela me causa sérios problemas.
Tenho parestesia (falta de força muscular) nos membros do lado esquerdo do corpo. Já fiz uso de apoio por uns anos, mas consegui me reabilitar. Hoje, ando meio desequilibrada, mas foi uma conquista.
Sem falar na nefasta FADIGA impactante. Como fazer com que as pessoas, a população, os órgãos públicos entendam que você precisa de um lugar preferencial para sentar – principalmente para os jovens – um tratamento especializado para as reabilitações, direito a fazer concursos na condição de PCD, entre outros direitos? E o INSS? Nem se fala!
Poucos profissionais de saúde conhecem, mas muitos não se interessam para entender um paciente à sua frente sem uma deficiência aparente. Internamente, serão as suas palavras e os exames os instrumentos que explicarão toda sua jornada PCD, mesmo que não se se use uma cadeira de rodas, uma bengala ou um andador…
É por tudo o que eu já passei, passo até agora e por uma população que sofre em dobro pelas suas deficiências invisíveis que eu luto diariamente!
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