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Um Natal Peculiar

Tempo de Natal,  de celebração. Por mais que eu queira fazer “vista grossa” para a realidade da minha condição em ser uma pessoa com a esclerose múltipla, torna-se praticamente impossível.
Pois ela é uma vida peculiar. E neste período festivo exacerba a ansiedade, o medo de não conseguir fazer tudo a tempo.

Tenho vivenciado dias de alegria e maravilhosos nas festas de confraternização. Mas, por mais cuidadosa que eu seja, ainda me descuido e como o que me faz mal, abraço muito e pego uma gripe… Venho curtindo visitas ao shopping deslumbrada pelas luzes, os enfeites, o ritmo frenético das compras, onde muitas vezes desisto de provar roupas, seja pela impaciência, seja por estar em filas imensas, mesmo com todos os direitos preferenciais que tenho. E aquela música natalina repetitiva? Dá uma irritação daquelas. E quando chego em casa e não tenho comprado quase nada porque esqueci de olhar a lista dos presentes que estavam dentro da bolsa.

Tenho percorrido a jornada natalina em estradas paralelas entre o desejo de estar ok durante todo mês de dezembro e de repente me encontrar em uma clínica, na sala de espera pelas intercorrências que acontecem uma atrás da outra. Fazer o quê?

Absolutamente nada, seguir o curso “normal” do meu rio, cheio de obstáculos, mas é o que tenho para nadar diariamente. E não será nunca o tempo das festas de final de ano que irá tirar a minha vontade de viver, mesmo diante desta maneira tão peculiar de ser, driblando os problemas e transformando tudo na mais linda condição de visa que se chama SUPERAÇÃO.

Suzana Pereira Gonçalves
Escritora – leia meu último texto: Viver com a invisibilidade

Me siga no Instagram: @maturidademultipla_suzana

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