Sobreviver não é o bastante

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Sobreviver Não É o Bastante

Dezembro chegou. E com ele, aquela sensação inevitável de balanço, de revisitar os dias que ficaram para trás. Foi um ano difícil, não foi? Pra mim, foi desafiador. E, no entanto, estou aqui. Eu sobrevivi.

Mas será que sobreviver é suficiente?

Passei muito tempo acreditando que sim. Que bastava passar por cima dos obstáculos, resistir às mudanças, me agarrar ao que restava. E, por um tempo, isso foi verdade. Sobreviver é um ato de coragem, especialmente quando tudo parece conspirar contra. Mas, ao longo deste ano, percebi algo importante: sobreviver é só o começo.

Porque viver é outra coisa. Viver exige mais. Exige que a gente olhe para as nossas feridas e escolha transformá-las em aprendizado. Que a gente aceite as partes de nós que ficaram para trás, mas também reconheça a força do que ainda permanece.

Eu precisei aprender que viver não significa ignorar o que perdi. Significa olhar para o que ainda tenho e me perguntar: “O que posso fazer com isso?”

E sabe o que descobri?

Que viver não precisa ser como eu imaginava antes. Sim, há coisas que não consigo mais fazer. Isso é um fato. Mas também há tantas outras que ainda posso. E, mais importante, há formas de redescobrir o prazer nas coisas simples, de me adaptar, de reinventar meus sonhos.

Às vezes, viver significa aceitar que a vida não segue o roteiro que planejamos. E tudo bem. A vida não precisa ser perfeita para ser boa. Ela só precisa ser vivida.

Este ano me mostrou que eu sou mais forte do que imaginava. Que posso sobreviver a mudanças, a perdas, a dores. Mas ele também me ensinou que a força de verdade não está só em resistir. Está em encontrar alegria mesmo no meio do caos. Está em fazer o melhor com o que temos, mesmo que não seja o que esperávamos.

E você? Como foi seu ano? Quantas vezes você achou que não fosse conseguir e, mesmo assim, conseguiu? Quantas vezes você se superou sem nem perceber?

Dezembro é um convite para refletir, mas também para agradecer. Não pelo que foi perfeito – porque nada nunca é. Mas pelo que foi possível. Pelo que ainda está aqui. Pela chance de tentar de novo.

Eu não sei o que o próximo ano vai trazer. Ninguém sabe. Mas sei que, se eu consegui chegar até aqui, eu posso ir além. Não porque será fácil, mas porque eu já provei para mim mesma que sou capaz.

E você, o que escolhe levar consigo para o novo ano?

— Por Karen, para quem sabe que o fim de um ciclo é só o começo de outro.

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