presente inesperado

Compartilhe este post

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no twitter

E lá se vão 14 anos…

A vida me presenteou com o diagnóstico da  Esclerose Múltipla e o presente, a princípio, era grande e pesado. Uma caixa enorme e ali estava eu para desembrulhá-la.

Uma caixa dentro da outra. E eram muitas.

A primeira levei um tempo, muito tempo para abrir. Era a DOR. Dor física mesmo… e multiplicada.

A segunda era o MEDO, um pavor imenso do desconhecido.

A terceira encontrei o BUSCAR respostas e explicações.

A quarta, depois de lutar para abrir, encontrei uma placa com a REVELAÇÃO: Suzana, você sabe o que é Esclerose Múltipla?

A quinta estava meio bagunçada com mil papéis escritos POR QUÊ?

A sexta veio cheia de papéis mais coloridos e escritos PARA QUÊ?

A sétima abri muito hesitante, mas resolvi encarar e achei uma placa branca com as bordas para colorir com o nome ACEITAÇÃO!

A oitava continha muitas informações sobre tudo. Cansada de abrir caixas, me dei conta que eram receitas bem elaboradas de um bolo o qual teria que conhecer para poder fazê-lo. Os ingredientes eram cheios de força e esperança. Era só seguir as regras e achar a SOLUÇÃO! “Suzana, tem tratamento, faça direito e siga em frente”, assim escutei do meu neurologista. 

A nona já estava muito leve e de dentro dela saiam sons, odores, luzes, sabores…estava ansiosa para abrir. Ao abrir, saíram de dentro voando para todos os lados, anjos, borboletas, arco íris e fadas do bem adornadas de flores. Eram meus familiares, amigos e profissionais de saúde em um baile surreal. Eles vieram até mim para uma dança intensa que dura até hoje e não haverá fim.

Quando cheguei na décima, resolvi me concentrar para me despedir do presente. Ela seria a última e brilhava muito, meu coração transbordava de alegria e curiosidade.

Dei uma espiada pela brechinha da caixa e só enxerguei LUZ, era a ESPERANÇA.

 

Me siga nas redes @maturidademultipla_suzana

Explore mais

blog

Ver alegria e esperança

Ver alegria e esperança… Depois de um tempo, os traumas cicatrizam, mas a tristeza não respeita calendário. E, quando a gente menos espera, reaparece num

blog

Nova jornada

Uma nova jornada… você está prestes a ler o meu relato de como foi receber o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Depois do pesadelo, um belo