CONHEÇA MELHOR O SEU REMÉDIO: TECFIDERA (FUMARATO DE DIMETILA)

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O que é o Tecfidera?

O Tecfidera (Fumarato de Dimetila) é um fármaco modificador da doença para EM remitente recorrente.   Tecfidera é um medicamento oral, tomado duas vezes por dia para reduzir o número e a gravidade dos surtos. Em comparação com placebo, reduz em 50% a quantidade de surtos de EM. Em ensaios clínicos, os exames de ressonância magnética mostraram que as pessoas que tomavam Tecfidera tinham menos, menores ou não novas áreas de EM ativa (lesões). Tecfidera também pode retardar a acumulação de deficiência associada à EM.

 Quem pode tomar Tecfidera?

Tefidera pode ser prescrito para adultos com EMRR. No Brasil foi aprovado pela Anvisa em 2015, mas ainda não é distribuído pelo SUS. Passou por recente Consulta Pública para ser disponibilizado pelo SUS a pacientes após primeira falha terapêutica (veja mais AQUI https://amigosmultiplos.org.br/noticia/881/consultas-publicas-e-hora-agir). No Brasil, pacientes usam a medicação por via judicial. Acompanhem nossas publicações para saber de novidades sobre a distribuição desse e outros medicamentos pelo SUS.

 

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais comuns incluem:

Sensação de calor (flush)

Perturbação gastrointestinal – diarreia, sensação de mal-estar, dor de estômago

Diminuição dos glóbulos brancos

erupção cutânea

Aumento dos níveis de enzimas hepáticas

Cetonas e proteínas na urina

Você provavelmente terá esses efeitos colaterais quando começar a tomar Tecfidera (principalmente durante o primeiro mês). A maioria das pessoas tem efeitos colaterais leves a moderados que tendem a desaparecer ao longo do tempo.

Seu/sua neurologista pode sugerir maneiras de reduzir esses efeitos colaterais, incluindo:

– Reduzindo a dose temporariamente, retornando à dose total dentro de um mês

– Tomar aspirina antes de cada dose para evitar o rubor (o uso prolongado de aspirina não é recomendado)

– Tomar o medicamento com estômago cheio para reduzir o transtorno gastrointestinal – a experiência sugere que isso precisa ser uma refeição equilibrada em vez de um lanche leve.

 

Nos ensaios clínicos foram relatadas alterações na função hepática e renal. Recomenda-se testes regulares de sangue e urina para monitorar possíveis efeitos.

Foram relatados casos de leucoencefalopatia multifocal progressiva (PML ) para pessoas que tomam Tecfidera. O risco de desenvolver PML  na Tecfidera é considerado muito baixo, mas se você está preocupado, discuta suas preocupações com sua equipe de EM.

Quando você começa a tomar Tecfidera, você deve estar informado sobre os primeiros sinais e sintomas da PML . Estes podem ser semelhantes a um surto de EM, por isso é importante relatar quaisquer sintomas novos ou de piora. Se a PML  é suspeita durante o tratamento, deve ser realizada uma RM e o uso de Tecfidera suspendido até que a PML  tenha sido excluída. Os casos de PML  ocorreram em pessoas que tiveram níveis muito baixos de linfócitos (um tipo de glóbulo branco) por um longo período de tempo. Uma vez que você começou o tratamento, você deve fazer exames de sangue a cada três meses para monitorar a contagem de células sanguíneas.

Avaliação antes do tratamento

Antes de iniciar a Tecfidera, você deve ter testes de sangue e urina para medir a contagem de células sanguíneas e para verificar a função do fígado e dos rins. Também é importante que você tenha tido uma ressonância magnética recente.

 

Avaliação durante o tratamento

Uma vez que você iniciou o tratamento, você realizará exames de sangue a cada 3 meses e testes de urina aos 3 meses, 6 meses e depois a cada 6 a 12 meses depois disso. Esses testes monitoram a contagem de células sanguíneas e a função do fígado e do rim.

Como o Tecfidera funciona?

A forma como a Tecfidera funciona não é totalmente compreendida, mas os estudos de laboratório sugerem que ela pode funcionar de duas maneiras:

  1. Reduz a inflamação causada quando o sistema imune ataca a mielina, resultando em menos danos à mielina
  2. Protege as células nervosas dos danos causados ​​por produtos químicos liberados durante o ataque imune

 

Pesquisas Tecfidera

Quais são os resultados até agora?

A evidência para a eficácia da Tecfidera vem de dois grandes ensaios clínicos.

DEFINE – Tecfidera em comparação com placebo

Este estudo de dois anos comparou Tecfidera, quer duas ou três vezes por dia, e placebo em mais de 1.200 participantes com EMRR. Em comparação com o placebo,  Tecfidera duas vezes ao dia reduziu o número de recidivas em um ano em 53%. Tecfidera duas vezes ao dia reduziu o risco de progressão de deficiência de 3 meses em 38%.

CONFIRMA – Tecfidera ou Copaxone em comparação com o placebo

Este estudo de dois anos com 1.232 participantes foi semelhante ao DEFINE, mas com um grupo adicional que tomou Copaxone (acetato de glatiramer) para comparação.

A Tecfidera reduziu o número de recidivas em um ano em 44% para a dose duas vezes ao dia em comparação com o placebo. Em contraste, Copaxone reduziu o número de recidivas em 29% em comparação com o placebo. A redução na progressão da incapacidade observada no estudo DEFINE não foi observada no estudo CONFIRM.

Programa de Atendimento ao Paciente de Tecfidera:

Programa BIA – 0800-724-0055
http://www.programabia.com.br/

 

Experiência do paciente

Alguns Amigos e Amigas Múltiplas nos contaram como é tomar o Tecfidera diariamente e nos autorizaram divulgar aqui como eles se sentem com esse tratamento. Confira e, se você também utiliza essa medicação, deixe o seu depoimento nos comentários que é bem importante para quem vai começar a usar o diariamente conhecer outras experiências:

 

Iniciei o Tecfidera há mais de 2 anos, depois de ter falha terapêutica com um medicamento injetável (acetato de glatirâmer – Copaxone). Desde o início me dei muito bem com o tratamento, com 100% de adesão, acredito que o Tecfidera ser oral facilita muito nesse aspecto (ainda que sejam duas doses diárias, tomo religiosamente)! Os efeitos adversos realmente existem e até hoje sinto o tal flushing e, eventualmente, alterações estomacais e no intestino. Além disso, faço exames laboratoriais (sangue) trimestralmente, ficando de olho, principalmente, na contagem dos leucócitos. Pode parecer bobeira, mas psicologicamente esses efeitos adversos me fazem acreditar que o medicamento está efetivamente funcionando… e por enquanto, tudo indica que está sim!!! Como ainda não está no rol do SUS, o acesso foi e continua sendo pela via judicial. – Cynthia Macedo

Faço uso da medicação há 5 meses e de todas que usei foi a que o meu organismo melhor reagiu e se adaptou. Não tive recaída da EM nesse tempo. Uso conforme orientação da nutricionista e só tive os rubores e problemas intestinais logo no início, ainda na adaptação. Logo em seguida tudo voltou ao normal. Ela é de fácil ingestão e muito simples de transportar, já que não necessita de transporte especial. Resumindo: Estou bem adaptada. –  Claudia Barbeito

 

Apesar de dois comprimidos ao dia Muito flush e calor no início do tratamento. Hoje após uma ano quase não tenho reação. Maravilhoso perto do que eu sentia com o rebif… rebif nunca mais! Ainda retiro amostras com minha neutro. Estou a um ano na justiça, três ordens judiciais descumpridas e enfim meu advogado bloqueou o valor de 8 caixas na conta do governo… aguardando uma Boa notícia em breve! – Juliana Lima

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