ESCLEROSE MÚLTIPLA: VIVENDO E APRENDENDO A JOGAR

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Oi amigos conto que todos estejam super bem.
O assunto que quero tratar aqui é sobre a importância do estado emocional na EM.
Cansamos de ouvir que a hipótese da causa de termos a esclerose múltipla ser devido ao estresse, ou que o gatilho da doença tenha sido um fato muito marcante em nossas vidas.
Como esse assunto está sempre em pesquisas, eu gostaria de saber de vocês se notam algo de diferente quando passam por alguma situação preocupante, tensa ou estressante.
Vou contar o que aconteceu comigo na fatídica sexta feira 13, em que houve os atentados terroristas na cidade (mágica) luz, o meu cunhado estava lá a trabalho depois de ter ficado uma semana a passeio, em segunda lua de mel com minha irmã e depois das bombas e tiroteios ocorridos não conseguimos nos comunicar com ele, por falta de Wi-Fi, ficamos todos muito preocupados. Porém, eu comecei a sentir tontura, depois minha perna ficou bamba, meus braços um pouco formigando e precisei me sentar, a bonitona estava a todo vapor.
Tinha acabado de chegar da aula de Teatro e estava super empolgada, o Baby havia começado a fazer um churras pra nós, com minha cerva preferida e tudo.
Mas aquela sensação de nervoso, de não ter nenhuma notícia dele, foi me subindo pela costela até o sistema nervoso central e parecia que eu estava tendo um surto.
Já vivi essa situação muitas outras vezes, por isso sabia exatamente o que estava acontecendo, mas como se manter calma numa tragédia daquelas e seu cunhado estando lá ? Sua irmã desesperada no telefone dizendo que ele havia saído pra jantar e o caos acontecendo num restaurante da cidade.
Meu Deus que pavor, muita loucura passa pela cabeça.
Graças às minhas preces ao meu santo Expedito, depois de uma hora, ele entrou em contato e tudo terminou tranquilamente bem e naquele mesmo instante fui relaxando e aqueles sinais de EM foram sumindo.
É impressionante!!! Só ir voltando a sensação de calma, que aqueles sintomas vão desaparecendo. Claro que com uma certa ressaca, não da Stella Artois e sim do estresse que passei.
Então pensei, a cada momento estressante, preocupante que passamos no nosso dia a dia, ela realmente se manifesta. Por isso é sempre melhor a gente permanecer com o pensamento positivo.
É como minha professora de piano me ensinou a treinar o cérebro para um recital :
Você está ensaiando e erra, aí você para no meio da música ou xinga e volta pro começo, seu cérebro vai entender que é assim sempre e não vai te ajudar a tocar a música inteira.
Então, quando errar, continue, diga sempre, como está linda essa música e treine seu cérebro a errar discretamente e sentir adiante.
A mesma coisa serve para conviver com uma doença crônica, sem cura. Tem dias que não temos energia pra nada, tudo dói, o calor atrapalha, sentimos coisas estranhas. Também tem aquele dia em que você tem que fazer as coisas chatas da EM, tomar injeções, fazer exames, passar por consultas e outras coisas. Se pararmos e começarmos a falar pro nosso cérebro que vai ser bom ficar parada hoje pra descansar, fazer uma outra atividade, achar super bom estar cuidando da EM. Vamos treina- lo, a suportar mais nossas dificuldades e talvez sofrer menos.
A mente é o que nos move, pensar sempre que o copo está meio cheio ao invés de meio vazio faz uma enorme diferença. E quando tivermos que passar por momentos estressantes, sempre nos lembrar da balança, não super valorizar um estresse para que ele possa ocorrer sem seqüelas e no momento que esse for grave, procurar ajuda profissional para ameniza-lo é a dica que tento seguir nesses 8 anos de EM.
Amigos nos conte como vocês lidam com o estresse, o nervoso e se percebem diferença nos sintomas da EM.
 
Mil beijinhos e até o próximo post…
 

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